Minha cachorra tem câncer

 DJ <3
DJ <3

 

Ao receber a notícia de que a DJ tem câncer o mundo se escureceu e a sensação que tive foi de que toda dor do mundo recaiu sobre os meus ombros. Foi um misto de desespero e tristeza, que pouco a pouco foram se transformando em força para dar a melhor qualidade de vida pra minha bichinha seja por uma semana, um mês ou quem sabe, se Deus quiser, um ano.

A DJ foi diagnosticada com um câncer no sistema linfático, que também é chamado de linfoma. Esse tipo de câncer atinge gânglios distribuídos pelo corpo. No caso da DJ o diagnóstico ocorreu porque os gânglios em volta do pescoço aumentaram significativamente de tamanho. Através de uma citologia aspirativa, os veterinários concluíram que se trata de um tumor maligno.

Para este tipo de câncer, o único tratamento possível é a quimioterapia. Mas, infelizmente, e isso é o que mais me dói, é que essa doença não tem cura. A quimioterapia apenas consegue prolongar a vida do cachorro num período que varia de oito meses a dois anos, dependendo da agressividade do tumor. Ocorre que com o passar do tempo o organismo se torna resistente às drogas e o bichinho morre em decorrência da doença.

Como descobri – Desde o começo do ano, notamos alguns sintomas estranhos na DJ como, por exemplo, manchas na região da barriga. Após os primeiros exame,s descobrimos que ela estava com as plaquetas muita baixas. Isso faz com que ela tenha hemorragias até com batidas corriqueiras. Ministramos, então, um corticóide, que fez efeito numa super dosagem, mas ao ser retirado as plaquetas voltaram a cair.

A veterinária, então, pediu que procurássemos um especialista, no caso um hematologista. Levamos na Universidade Metodista, foi quando ela passou pela primeira citologia, que apontou um resultado inconclusivo. Outro exame de sangue, porém, indicou que havia um indício de doença do carrapato e, por conta disso, ela tomou antibióticos.

Apesar da medicação ela não apresentou melhora, foi, então, que resolvemos levá-la a um centro especializado, o Hemovet, na Zona Leste de São Paulo. Lá, após uma nova citologia, veio o resultado: tumor em células do sistema linfático.

O tratamento – Neste sábado, ela passará por exames pré-quimioterápicos e na próxima sexta começará de fato a quimioterapia. A veterinária, que é especialista em oncologia, nos explicou que de todos os vertebrados os cachorros são aqueles que menos sofrem efeitos colaterais com esse tratamento. Vômitos e queda de pelo podem ocorrer, mas são muito mais brandos do que em humanos.

Ela também nos deu a opção de fazer um exame que é bastante caro para entender a gravidade do tumor. Alguns tutores optam por fazer esse exame para decidir se irão submeter o cachorro à quimioterapia ou não. Como isso não está em questão, eu e meu marido temos convicção de que seguiremos com o tratamento apesar do custo altíssimo decidimos não realizá-lo. Inclusive porque esse exame não interfere no tratamento, agressivo ou mais brando, as drogas administradas serão as mesmas.

Não vamos desistir da nossa DJ! O que estiver ao nosso alcance faremos. Pedimos que vocês, nossos amigos, rezem, torçam e mandem energias positivas para ela.

Seu cachorro come cocô? Saiba como resolver o problema

dog-and-poop-silhouette_318-56935Dia desses uma amiga me contou que uma das suas cachorrinhas não tinha nenhum problema de comportamento, a não ser comer cocô :-S. Bem, pode não ser a pior das situações, mas vamos combinar que não deve ser nada agradável ver seu cachorro comendo cocô. Como nunca enfrentei essa situação com os meus peludinhos, nunca havia pesquisado sobre o tema, então, para ajudá-la, fui à caça do que dizem os livros que tenho sobre o assunto.

O melhor artigo que achei foi da treinadora Cláudia Pizzolatto no livro “Manual do Cachorro – um Guia Prático de Solução de Problemas”, que lista uma série de situações que podem desencadear o problema e também dá algumas sugestões de como resolvê-lo.

Dicas para o cachorro parar de comer cocô

Vamos, então, juntar as soluções aos possíveis motivos que podem causar esse mau comportamento, que é chamado pelos especialistas de coprofagia:

– A primeira dica que a Claudia Pizzolato dá é alimentar seu cachorro adulto pelo menos duas vezes por dia com uma ração de boa qualidade. Se você tiver mais de um bichinho, alimente-os em pratos separados e se certifique que todos estão tendo oportunidade de comer direito.
A treinadora explica que quando mais de um cachorro é alimentado ao mesmo tempo, muitas vezes no mesmo prato, o cachorro dominante pode impedir o submisso de comer. Esse último passa fome e tem de recolher as fezes do cão dominante para não passar fome.
A qualidade do alimento também pode acarretar esse tipo de mau comportamento, peludinhos com dietas pobres em fibras e proteínas tendem a buscar essas substâncias no cocô de outro cachorro. Estudos mostram ainda que alimentar o cachorro apenas uma vez por dia em grande quantidade não é recomendado já que os nutrientes não são absorvidos direito, passando direto para as fezes. Sentindo-se mal nutrido, o bichinho acaba voltando às próprias fezes para se alimentar.

Procure manter o jornal ou tapete higiênico do seu cachorro sempre bem limpinho. Se possível, também observe quando ele for ao banheiro e crie uma rotina para distraí-lo assim que ele fizer cocô. Quando ele acabar, chame-o para outro cômodo, dê um biscoitinho e limpe o banheiro dele sem que ele veja. Pode parecer inacreditável, mas alguns cachorros acabam imitando a limpeza que o dono faz comendo as próprias fezes para não deixar seu banheiro sujo.

Não brigue com o seu cachorro caso ele tenha feito cocô no lugar errado sem que você tenha visto. Sabem aquele hábito antigo e condenável de esfregar o focinho do cachorro no cocô? Além de ser violento, pode acabar desencadeando o mau comportamento. O cachorro recolhe as fezes, até do seu próprio banheiro, com medo de levar uma bronca. Caso você consiga flagrar o peludo se preparando para se aliviar no lugar errado, diga um sono “não”, leve-o imediatamente ao banheiro dele e recompense bastante com petisco, festa e carinho assim que ele fizer a caca no lugar certo.

– Se você acha que nenhuma dessas situações se aplica ao seu peludo, leve-o ao veterinário para um check-up e se for preciso submeta-o a um exame de fezes. Também mantenha o seu bichinho sempre livre de vermes, administrando o vermífugo de acordo como orienta o profissional.

Como tornar seu filho cão um doador de sangue

DJ recebendo a transfusão de sangue
DJ recebendo a transfusão de sangue

 

Muitos de vocês já devem saber que nesta semana a DJ precisou de uma transfusão de sangue para aumentar o número de plaquetas. No post anterior, já havia contado que ela pegou a doença do carrapato e, por conta disso, tem passado por um tratamento intenso para superar essa horrível doença. Bem, muitas pessoas se surpreenderam ao saber que o sangue que a minha peludinha recebeu veio de um dos bancos de sangue caninos de São Paulo, e que para que o estoque seja mantido há cães que são doadores de sangue.

Como doar sangue é doar vida, tanto entre os humanos quanto entre os animais, por que não tornar o seu cachorro um doador? De acordo com o BSVET (Banco de Sangue Veterinário), há alguns critérios. São eles:

– Idade entre 1 a 8 anos
– Peso acima de 25kg
– Temperamento dócil
– Vacinado anualmente
– Nunca ter recebido transfusão
– Não estar sob tratamento médico
– Não ser obeso
– A fêmea não deve estar no cio nem prenhe
– Não ter tido contato com carrapato

Além de ajudar a salvar a vida de outros cães, nesse banco de sangue, o animal doador ainda passa gratuitamente por um check up e pode receber gratuitamente vacinas, antipulgas e vermífugos. Ah, e é bom salientar, não há desvantagem nenhuma de tornar seu cachorro um doador, a quantidade de sangue retirada é pequena, cerca de 450 ml, não causando fraqueza, desconforto ou dor.

Veja abaixo alguns bancos de sangue caninos do país:

São Paulo
BSVET – www.bsvet.com.br
Covet – www.covetsp.com.br/bancodesangue.html
Hemovet – www.hemovet.com.br
Pets & Life – www.petsandlife.com.br

Rio de Janeiro
Hemopet – www.hemopet.net/index.asp
Hemoraterapet – www.hemoterapet.com.br/

Belo Horizonte
Element Vital – www.elementvital.com.br/

Curitiba
PetTransfusion – www.facebook.com/pettransfusion

Salvador
Hemodog – https://hemodog.wordpress.com/

Manaus
Banco de Sangue Veterinário Amazonas – www.facebook.com/bancosangue.veterinarioamazonas

 

 

 

A DJ pegou doença do carrapato e eu nem suspeitava

DJ está novamente em tratamento contra a doença do carrapato.
DJ está novamente em tratamento contra a doença do carrapato.

Um em cada dez cachorros tem a doença do carrapato, essa foi a conclusão alarmante de uma pesquisa realizada pelo hospital Pet Care, de São Paulo, com 234 animais. O resultado chama ainda mais a atenção quando ficamos sabendo que nenhum dos donos tinha conhecimento que seu bichinho estava infectado.

Eu não participei da pesquisa, mas poderia ser incluída na estatística. Em abril desse ano, descobri que a DJ havia pegado a doença do carrapato. A desconfiança de que algo não andava bem começou em fevereiro, quando ela começou a apresentar algumas manchas roxas na região da barriga.

Inicialmente, pensei que se tratava de picada de pulga, mas numa ida ao veterinário e a realização de um hemograma descobrimos que ela estava com as plaquetas muito baixas. O mímino de plaquetas que um animal deve ter é de 200/mm³ de sangue, e ela tinha apenas 30/mm³. As manchas roxas eram, na verdade, pequenas hemorragias provocadas, provavelmente, por batidas normais, mas que no caso dela causavam rompimento de vasos.

A primeira veterinária que a atendeu não pediu o exame para detectar o carrapato e indicou o tratamento com um corticóide com o objetivo de aumentar as plaquetas. Uma dose pequena não fez efeito. Mais remédio e aí o corpo reagiu e as plaquetas voltaram ao nível mínimo. Porém, quando retiramos a medicação, as plaquetas voltaram a cair bruscamente. A veterinária pediu, então, que a levássemos a um especialista.

Na segunda fase do tratamento, o primeiro pedido da outra médica foi que fizéssemos o exame de sangue que detecta a doença do carrapato. O resultado foi de que ela estava infectada outra vez. A DJ já havia pegado carrapato quando estava na ruas. Naquela época, tratamos e ela ficou curada.

Cuidado com o inverno – É bastante frustrante saber que apesar de todos os cuidados, regularmente eu aplico o antipulgas Max 3 em todos eles, a DJ novamente pegou essa doença. Infelizmente, apesar desse cuidado, a exposição não só a grandes áreas de matas, mas como a hotéis e petshops potencializa o risco de contaminação pela doença. Além disso, temos que ter muita atenção no inverno, pois é nesse período que os carrapatos se multiplicam com mais facilidade.

 

Então, além do antipulgas, que serve também para repelir carrapatos, é recomendado também fazer um exame de sangue anual para saber se está tudo bem com a saúde do bichinho.

Segundo o hospital Pet Care, os principais sintomas que cães infectados pela Erlichiose (nome científico da doença) apresentam são febre, prostração, perda de apetite e hemorragias. Esses sintomas podem estar acompanhados de deficiência de plaquetas no sangue do animal, baixa de glóbulos brancos do sangue e também de hemáceas. Podem ainda ocorrer urina com sangue, pneumonia, vômito e diarréia. E como os sintomas da Doença do Carrapato variam de animal para animal, ela também pode ser confundida com os da cinomose.

Quando a velhice chega

Ozzy, o meu velhinho, está sofrendo os problemas da terceira idade.
Ozzy, o meu velhinho, está sofrendo os problemas da terceira idade.

 

Quem acompanha o Meu Filho Cão pelo Instagram e pelo Facebook sabe que desde a semana passada o meu filho mais velho, Ozzy, de 14 anos, está bastante doente, fazendo tratamento diário no hospital. O caso dele inspira bastante cuidado, pois a função renal está seriamente comprometida e isso também está afetando os batimentos cardíacos. Ele está sendo bem assistido, há nove anos ele se trata com o mesmo veterinário do Hospital Veterinário da Universidade Metodista de São Paulo, porém, mesmo assim, nos ficamos bastante abalados por conta do estado geral dele.

Decidi escrever esse post não só para falar sobre o Ozzy, mas também para abordar um assunto que está cada dia mais presente nas famílias que têm cachorro, a velhice canina. Com o avanço da medicina veterinária e também da alimentação oferecida aos cães, hoje já é comum ver peludinhos que atingem a terceira idade. Com ela, assim como acontece com os seres humanos, o número de doenças cresce e os cuidados com alimentação e higiene devem ser redobrados.

Para mim, essa situação deve estar bem clara na cabeça de todas as pessoas que decidem adotar um cão. Obviamente, não consideramos de maneira nenhuma abandonar o peludinho nessa fase da vida, mas a família tem que estar consciente de que a dedicação redobra nessa fase.

Segundo o livro “Cão de Família”, da Alida Gerger e do Alexandre Rossi, os cachorros maiores ficam idosos mais cedo, em torno de seis anos de idade, já os menores alcançam a terceira idade com cerca de nove anos. É natural, ainda de acordo com o livro, que os cães velhinhos durmam um pouco mais, andem mais devagar e diminuam suas atividades em geral. No entanto, há uma doença chamada disfunção cognitiva que deve ser observada.

Quando o cachorro é acometido pela disfunção cognitiva pode latir sem motivo; urinar e defecar em locais que não habituais, como se tivesse esquecido o que é certo; insônia e vaguear durante a noite; não reconhecer o dono; não responder a alguns comandos normalmente utilizados; se recusar a passear; parecer confuso ou perdido pela casa; entrar em locais inadequados e ter dificuldade para sair, como de trás da geladeira, por exemplo.

Se o velhinho apresentar alguns desses sintomas, o veterinário deve ser consultado, já há tratamento e controle para aliviá-los.