Clorofila neles!

Vasinhos de plantas comestíveis. Na Cobasi, cada um custa R$ 2,90.
Vasinhos de plantas comestíveis. Na Cobasi, cada um custa R$ 2,90.

Duas coisas sempre me provocaram curiosidade na relação entre os cães e plantinhas e fui atrás das respostas. A primeira é, por que, de vez em quando, eles cismam em comer graminha? E a segunda, aqueles vasinhos de plantinhas comestíveis para cachorros à venda na Cobasi realmente fazem bem?

Bem, vou começar falando primeiro sobre a segunda dúvida porque também é resposta para a primeira. Sim, essas plantinhas são muito boas para a saúde dos nossos peludinhos. Na verdade, segundo um artigo publicado pela Dra Deva Khalsa, especialista em medicina veterinária holística, a clorofila de certas plantas (nem todas são comestíveis!) e também de alguns alimentos contribui para manter a saúde sanguínea dos cachorros, isso porque essa substância ajuda a reabastecer as células vermelhas do sangue.

Além disso, a clorofila também auxilia no combate a infecções, na cura de feridas, na melhora do sistema imunológico e também a desintoxicar não só o fígado como o restante do sistema digestivo, por esse motivo que a maioria dos cachorros quando têm alguma indisposição gastrointestinal recorrem à grama. Taí a resposta para a primeira dúvida.

Brócolis é excelente fonte de clorofila.
Brócolis é excelente fonte de clorofila.

No entanto, apesar de ser bom oferecer algumas plantinhas comestíveis, segundo a veterinária, os peludinhos não conseguem digerir toda a clorofila existente nelas, daí a importância de complementar a dieta deles com outros alimentos que contêm a sustância. Entre eles estão: brócolis, ervilha, aspargos e couve. Você pode prepará-los, por exemplo, no vapor e misturar à ração ou, então, colocá-los em forminhas de gelo, congelar e servir como petisco. Fácil, né?

Quanto às plantinhas, se você não quiser comprar as que estão à venda na Cobasi, você pode plantar trigo em casa. Basta comprar alguns grãos, que podem ser achados em lojas de produtos naturais, plantar num vaso médio, posicionar em um local iluminado e regar. Após uns cinco dias, os brotos já começarão a surgir. Deixe ficar do tamanho de capim e dê ainda verdinho ao seu filho.

Arruda é uma das plantas tóxicas para os cães.
Arruda é uma das plantas tóxicas para os cães.

Agora, atenção! Nem todas as plantas podem ser ingeridas pelos cachorros. Algumas são tóxicas e podem até matar. O site Cachorro Verde fez uma lista delas:

– Alamanda (Allamanda cathartica) – a parte tóxica é a semente.
– Antúrio (Anthurium sp) – as partes tóxicas são folhas, caule e látex.
– Arnica (Arnica Montana) – a parte tóxica é a semente.
– Arruda (Ruta graveolens) – a parte tóxica é a planta toda.
– Avelós (Euphorbia tirucalli L.) – A parte tóxica é toda a planta.
– Beladona (Atropa belladona) – As partes tóxicas são flor e folhas. – antídoto: Salicilato de fisostigmina.
– Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.) – A parte tóxica é toda a planta.
– Buxinho (Buxus sempervires) – A parte tóxica é são as folhas.
– Comigo ninguém pode (Dieffenbachia spp) – As partes tóxicas são as folhas e o caule.
– Copo de leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.) – A planta é toda tóxica.
– Coroa de cristo (Euphorbia milii) – A parte tóxica é o látex.
– Costela de Adão (Monstera deliciosa) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
– Cróton (Codieaeum variegatum) – A parte tóxica é a semente.
– Dedaleira (Digitalis purpúrea) – As partes tóxicas são flor e folhas.
– Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata) – A parte tóxica é toda a planta.
– Espirradeira (Nerium oleander) – A parte tóxica é a planta toda.
– Esporinha (Delphinium spp) – A parte tóxica é a semente.
– Fícus (Ficus spp) – A parte tóxica é o látex.
– Jasmim manga (Plumeria rubra) – As partes tóxicas são flor e látex.
– Jibóia (Epipremnun pinnatum) – A parte tóxica são as folhas, caule e látex.
– Lírio da paz (Spathiphylum wallisii) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
– Mamona (Ricinus communis) – A parte tóxica é a semente.
– Olho de cabra (Abrus precatorius) – A parte tóxica é a semente.
– Pinhão paraguaio (Jatropha curcas) – As partes tóxicas são semente e fruto.
– Pinhão roxo (Jatropha curcas L.) – As partes tóxicas são as folhas e frutos.
– Saia branca (Datura suaveolens) – A parte tóxica é semente.
– Saia roxa (Datura metel) – A parte tóxica é semente.
– Samambaia (Nephrolepis polypodium). Existem vários tipos de samambaias e outros nomes científicos. Essa é apenas um exemplo, todas são tóxicas. A parte tóxica são as folhas.
– Taioba brava (Colocasia antiquorum Schott) – A parte tóxica é toda a planta.
– Tinhorão (Caladium bicolor) – A parte tóxica é toda a planta.
– Vinca (Vinca major) – As partes tóxicas são a flor e folhas.

Toddy comendo sua saladinha ;-)
Toddy comendo sua saladinha 😉

3 apps grátis que vão lhe ajudar na rotina com seus filhos cães

Um dos meus maiores desafios aqui em casa é controlar a rotina da minha cãobada. Como vocês sabem, sou mãe de quatro peludinhos, sendo que três deles vivem comigo e um com os meus pais. Imaginem a loucura, tenho que agendar banhos, dar remédios, levar para tomar vacina, controlar o peso e por aí vai.

Eu nunca fui dessas pessoas organizadas que anotam tudo na agenda, mas com o advento do santo smartphone minha vida se tornou bem mais regrada. E é graças a aplicativos para esses aparelhinhos dos deuses que consigo gerenciar bem a vida da família Meu Filho Cão.

Bem, decidi, então, compartilhar com vocês três apps que eu considero os melhores no quesito agenda virtual. Já adianto que tenho um iPhone e dois dos aplicativos que indicarei só funcionam nesse tipo de aparelho, mas um dos que vou recomendar tem também para Android e é por ele que vou começar.

Para ver a todas as telas do app com a descrição detalhada basta clicar na setinha “Next”.

Home do appApp: Purina Pet Health
Sistemas operacionais: iOS e Android
Preço: grátis

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Tela principalApp: My Pet
Sistema operacional: iOS
Preço: grátis

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Tela inicialApp: Dog Buddy
Sistema operacional: iOS
Preço: grátis

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Por que seu peludo pode ter dias de cão durante a Copa

Toddy se preparando para ver o Brasil na Copa (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)
Toddy se preparando para ver o Brasil na Copa (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)

Fogos, rojões, torcedores gritando, cornetas ensurdecedoras formam um pacote completo para deixar os cachorros malucos. E sabe por quê? Porque em relação a determinados sons a audição desses bichos é centenas de vezes melhor do que a nossa.

Esqueça aquela história de que os cães ouvem quatro vezes mais do que os humanos. Na verdade, explica o livro “Os cães sonham?”, para sons entre 65 e 2 mil hertz (Hz), como os que constituem a voz humana, a audição deles e a nossa é praticamente a mesma.

Ocorre que os cachorros conseguem ouvir sons agudos consideravelmente mais altos do que nós. O maior alcance está entre aproximadamente 47 mil e 65 mil Hz. Por isso, os sons das cornetas e vuvuzelas são tão irritantes para eles.

A explicação sobre por que os cães conseguem ouvir melhor sons de alta frequência é interessante e remete ao processo de evolução. Lobos, chacais e raposas costumam atacar ratos, ratazanas e camundongos. Esses animais produzem sons agudos e, ao rasparem nas folhas ao passar, produzem barulho e ruídos de alta frequência. A capacidade de ouvir sons de alta frequência produzidos por essas pequenas criaturas é, portanto, questão de sobrevivência.

Dessensibilização e cuidados – O processo para minimizar o medo de sons altos demanda tempo e alguns exercícios constantes, como expliquei nesse post sobre fogos no Ano Novo.

Mas há alguns cuidados que você podem minimizar o incômodo e garantir a segurança. Um deles pode ser deixar o peludo em um cômodo com o melhor isolamento acústico possível. Feche a porta e a janela e ponha, por exemplo, uma música suave.

Outra coisa, se por causa do medo ele quiser se enfiar debaixo da cama ou da mesa deixe. Cachorros se sentem mais seguros dentro das suas tocas. E tirá-los desses locais pode aumentar a tensão deles.

Certifique-se também que ele não vai conseguir fugir. Por causa do medo, muitos deles tentam fugir em desespero. Então, tome muito cuidado com o entra e sai da sua casa. Por esse motivo também, deixá-lo num cômodo fechado pode ser uma ótima solução.

Para casos mais graves, os veterinários costumam receitar fitoterápicos ou até calmantes. Se você perceber que o peludo fica, por exemplo, com taquicardia nessas situações talvez seja bom consultá-lo.

Agora nunca abrace forte seu cão ou tente confortá-lo de maneira muito enfática, pois essa postura aumenta o medo deles. Digo isso porque já li e por experiência própria. Meu marido costumava confortar a DJ dessa maneira o que só piorava a situação. Se o peludo quiser abrigar nos seus pés ou seu  colo deixe, mas nada de abraçar e falar: “Tudo bem, filhinho”.

 

Aprenda como calcular corretamente a idade do seu cachorro

Ozzy tem 79 anos "humanos" (Crédito: Marcia Pivetta)
Ozzy tem 79 anos “humanos” (Crédito: Marcia Pivetta)

 

A maioria dos donos de cachorros conhece a fórmula de multiplicar 7 à idade do peludo para saber qual é o tempo de vida dele se fosse um humano. No entanto, aprendi dia desses no livro “Os cães sonham”, de Stanley Coren, que essa estimativa não está correta.

O autor, que estuda há quase 50 anos o universo canino, explica que essa fórmula surgiu quando se acreditava que a expectativa de vida das pessoas era de 70 anos e dos cães, 10. No entanto, hoje se tem conhecimento que essas estimativas não estão corretas. Além disso, o desenvolvimento dos cachorros e dos humanos não é equivalente em todos os estágios na vida de ambos.

Tome-se como exemplo o primeiro ano dos cães. Nesse período o desenvolvimento deles é acelerado e muitos chegam até a procriar. Em compensação, qual criança humana, menino ou menina, de 7 anos poderia ter gerado um bebê? Nenhuma, né? Considerando a terceira idade também percebemos que há falhas nessa estimativa. Um cachorro de 12 anos teria 84 se considerarmos essa estimativa antiga, ou seja, teria imensas dificuldades de locomoção, visão e outras doenças. Agora, perceba quantos cachorros de 12 anos, especialmente de pequeno e médio portes, você já viu bem serelepe por aí. Vários!

Então, para converter a idade a idade do peludo ao equivalente de anos de um humano, temos de levar em conta as seguintes variáveis:

1 – Com um ano, os cães tem todas as habilidades físicas de uma pessoa de 16 anos.

2 – Aos 2, ele se parece bastante com gente de 24 anos.

3 – Nos 3 anos seguintes, até chegar aos 5, cada aniversário equivale a mais 5 anos humanos.

6 – A partir dos 5 anos, deve-se acrescentar a variável do porte. Cachorros de porte grande tendem a ter um tempo de vida menor do que peludos médios e pequenos. Por causa disso, a partir dessa idade deve-se acrescentar 4 anos de vida humana para cada ano dos cachorros pequenos, 5 para os de porte médio e 6 para os grandes.

Para vocês entenderem melhor, eu vou converter a idade de todos os meus filhos usando as regras acima. No entanto, gostaria que vocês soubessem que a idade dos vira-latas é estimada. Só sei a idade correta do Ozzy. Como porte considerei o seguinte, me baseando em remédios antipulgas, de 1kg a 10 kg, pequeno porte; de 10kg a 25 kg, médio e acima de 25 kg grande.

Vamos lá então:

Ozzy – aniversário 23/04/01 – médio porte – 13 anos cronológicos/79 anos em idade humana

Até os 5 anos é igual para todo mundo, ou seja, aos 5 todos tem 39 anos “humanos”. A partir daí, vou acrescentar 5 para cada ano de vida dele, num total de 40 anos. Acrescentando esse número aos 39 anteriores, terei o equivalente a 79 anos em idade humana.

DJ – aniversário 04/03/10 – médio porte – 4 anos cronológicos/34 anos em idade humana.

Toddy – aniversário 25/12/11 – médio porte – 3 anos cronológicos/29 anos em idade humana.

Theo – aniversário 06/04/12 – médio porte – 3 anos cronológicos/29 anos em idade humana.

 

Sarna negra, veja como essa doença se manifesta

Meu sobrinho cão Severino tem sarna negra. (Crédito: Arquivo pessoal)
Meu sobrinho cão Severino tem sarna negra. (Crédito: Arquivo pessoal)

Quando se fala em sarna canina, logo vem à cabeça aquela doença, causada por um parasita, que provoca uma grande coceira nos cachorros. Apesar de transmissível para os seres humanos, essa sarna tem fácil tratamento. Mas há outro tipo da doença, a sarna negra, menos comum, mas que exige um esforço maior dos donos para que seja controlada.

Conhecida também como sarna demodécica, a doença é provocada por uma superpopulação de um ácaro chamado Demodex canis, e pode se manifestar, segundo artigo da Revista Veterinária, por um distúrbio genético, herança vinda do pai ou da mãe, ou imunológico, queda na resistência do organismo.

Os principais sintomas da doença são perda de pelo ao redor das pálpebras, lábios e cantos da boca. Pode, em alguns casos, também haver perda de pelo no tronco, nas pernas e nas patas. Há também incidência de pele fica vermelha, com escamas e infecções.

A principal forma de diagnóstico da doença é com a raspagem profunda da pele. Para que seja confirmada, é necessário encontrar um número elevado de ácaros adultos ou formas imaturas.

O tratamento, explicou o médico veterinário Ronaldo Lucas, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, à revista Cães & Cia, é feito com medicamentos à base de ivermectina (e cães das raças Collie, Border Collie, Old English Sheepdog, Afghan Hound, Pastor de Shetland e Pastor Australiano podem morrer se receberem esta substância) e moxidectina, ou feito com banhos com diamidina.

Pode demorar seis meses para os sintomas desaparecerem. A doença, ressalta o médico, fica controlada, mas não há cura. Se houver queda de imunidade, a sarna negra pode voltar a se manifestar.

O caso do Severino – Um dos meus sobrinhos cães, o Severino, sofre com a sarna negra. A doença foi descoberta após quatro meses da adoção. “Desde que o adotamos sabíamos que ele não tinha muita saúde, pois, estava bem fraquinho”, explica minha sobrinha humana Marina Dantas.

O fofíssimo daushund, que hoje tem seis anos, chegou à família quando tinha três meses. E relata minha sobrinha humana “já estava muito judiado pela doença, sem pelos e bem feio”.

Marina conta que inicialmente o veterinário prescreveu alguns medicamentos que não fizeram efeito, e o tratamento eficaz só começou quando ele tinha cerca de um ano.

Hoje Sev, apelido carinhoso do peludinho, toma Ivermectina, usa Advocate e toma banho com Clorexiderm.

A doença, afirma minha sobrinha humana, em nada atrapalha a vida do Sev. “Ele só não gosta muito de tomar os remédios, banhos e ir à veterinária regularmente, como qualquer outro cão”, diz Marina. E porque também digamos tem uma personalidade forte, né, Marina? *rs*.

Vejam como fica a pele do Sev durante as crises. (Crédito: Arquivo pessoal)
Vejam como fica a pele do Sev durante as crises. (Crédito: Arquivo pessoal)