Já ouviu falar da síndrome da cauda feliz? Não? Eu também não conhecia até pesquisar sobre machucados em rabo de cachorro. Basicamente, trata-se de um trauma causado na cauda de cães que costumam balançá-la muito. Acredita?
As feridas costumam aparecer na ponta do rabo, após o cachorro batê-lo muitas vezes contra superfícies duras, como paredes e móveis. Ocorre que os tutores, geralmente, só percebem o trauma por causa de marcas de sangue que surgem pela casa ou falta de pelos no rabo. Nesse estágio, o machucado já pode ter virado uma ferida permanente.
Tratamento
A veterinária Carol Rocha explica nessepodcastque o tratamento da doença inclui várias medidas, como o uso de laser, anti-inflamatórios, mudança de dieta, bandagem e até o bendito colar elizabetano, mais conhecido como colar da vergonha.
Outra ação que pode ser necessária é consultar um especialista em comportamento animal. Ocorre que essa síndrome costuma acometer cachorros muito “felizes” e não vai adiantar dizer para ele não balançar o rabo 😅. Então, esse profissional pode ensinar atividades para o cão fazer dentro de casa e também exercícios que amenizam o comportamento.
No PetMD, eu li que os tutores não devem ignorar a doença, pois a ferida permanente pode levar até à necessidade de amputação do rabo 😢.
Paçoca e sua cauda feliz
A minha curiosidade sobre o assunto surgiu porque o Paçoca costuma balançar o rabo freneticamente. A gente costuma brincar que é a única parte do corpo dele que se movimenta sem preguiça.
Para a sorte dele e nossa também, é que ele tem o rabo peludo e os pelos acabam por proteger melhor essa parte do corpo. Cachorros com muita energia (definitivamente não é Paçoca) e rabos longos com pelo duro, como labrador, pitbull e o dogue alemão, são mais propensos a desenvolver a síndrome, mas atenção a síndrome da cauda feliz pode atingir qualquer cachorro.
Quem acompanha o MFC sabe que os meus filhos cães ganharam uma irmãmana (irmã + humana) faz nove meses. Por esse motivo, tive de fazer algumas adaptações na rotina deles para o nascimento do bebê. Afinal para a harmonia de uma família com crianças e cachorros é fundamental que se criem regras.
A principal delas, na minha opinião, é que os “bichinhos” das diferentes espécies têm de entender quando podem ter acesso aos humanos adultos. Por exemplo, se você decide que vai trocar o bebê na cama de casal e não quer, ao menos no início, que o cachorro não pule na cama ou em você e atrapalhe esse momento, então ,terá de ensiná-lo que nessa hora ele terá de ficar fora do quarto, comportado. Acredite em mim, não basta fechar a porta, se o peludo tem o hábito de arranhar a porta ou latir, isso vai te perturbar também, especialmente se você for mommy de primeira viagem.
Treino contra ansiedade de separação
Como os caras sempre tiveram livre acesso aos quartos, não raro ficavam comigo quando estava na cama assistindo TV ou mesmo trabalhando. Então, tive de fazê-los entender que as coisas iriam mudar. O que deu certo para mim foi aplicar alguns exercícios para cães que sofrem de ansiedade de separação. Sabem aqueles doguinhos que latem, choram e arranham a porta quando a (o) dona (o) sai? Eles sofrem desse mal chamado de ansiedade de separação e precisam compreender que ficar longe do pai ou da mãe não é o fim do mundo.
Primeira medida, deixá-los poucos minutos (no máximo cinco) na sala com algum tipo de brinquedo legal. Usei bastante ossinhos. A ideia aqui, conforme aprendi no livro “Cão de Família”, da Alida Gerger e do Alexandre Rossi, era valorizar o tempo que eles ficavam sozinhos com alguma atividade bem legal. Fui aumentando o período aos poucos e abrindo a porta enquanto eles não estavam protestando.
Quando eles já estavam craques em ficar sozinhos com algum brinquedo legal, comecei a ficar no quarto e deixá-los sozinhos na sala sem nenhuma atividade proposta. O que notei foi que quando eles estavam cansados, após um passeio, por exemplo, não rolavam protestos. Mas era eu experimentar fechar a porta num momento em que estavam relaxados que lá vinham arranhões na porta, especialmente do seu Theo, que é mais apegado.
Arranhões na porta, como resolver
Aí amigues haja saquinho para tirar esse mau comportamento. Inicialmente, tentei na base da bronca. Huum, que erro. Quanto mais eu mandava parar, mais ele arranhava a porta. A minha impressão é que de tanto arranhar, abriria-se um buraco. Também fiquei imaginando a seguinte situação: eu tentando ninar a bebê e tendo que dar broncas no Theo para que ele parasse de fazer barulho. Não daria certo, né?
Foi então que eu recorri aos livros para achar uma solução e encontrei no “Manual do Cachorro”, da Cláudia Pizzolatto. E, confesso a vocês não foi fácil, ele só melhorou quando comecei a ignorar os arranhões. Basicamente, deixei de gritar de dentro do quarto e também parei de abrir a porta para dar bronca. Quando ele parava por uns dois minutos, eu liberava a entrada. Ou seja, ele acabou percebendo que não adiantava arranhar a porta, protestar, que ele não entraria daquela maneira.
Basicamente, essas duas medidas foram suficientes para eu não ter problemas de barulho tivesse de ficar sozinha com a bebê no quarto. Lógico que tem de rolar um bom senso. Não dá pra achar que o cachorro conseguirá ficar um dia inteiro sozinho num cômodo sabendo que você está em casa. Portanto, quando não eram momentos cruciais, soneca, troca de fraldas, eu liberava o acesso deles. Cansei de amamentar com os dois no quarto. Foi demais! Eles se sentiam parte daquele momento e ficavam quietinhos.
Esse foi só um dos primeiros posts sobre o assunto cachorros e bebês. Ainda tenho um montão de coisa para falar. Espero que gostem. E se você estiver esperando um neném ou já passou por essa experiência, compartilhe conosco. Vou adorar saber.
Paçoca se machucou feio após ataque de pitbull (Crédito: Meu Filho Cão)
Há dez dias, aconteceu um episódio que por sorte não terminou de maneira mais trágica: o Paçoca foi atacado pelo pitbull do vizinho.
O ataque ocorreu quando minha mãe passeava com ele preso ao peitoral Easy Walk e guia na rua de casa. O pitbull passou pelo portão entreaberto da residência onde mora e imediatamente foi para cima do Paçoca.
A sorte é que um primo passava pelo local e ajudou a tirar o cachorro de cima do Paçoca. Pouco depois o proprietário do animal também apareceu e o meu caçula, graças a Deus, teve o instinto de fugir para casa e não reagir.
Levamos a um pronto-socorro 24 horas, e o resultado foi várias mordidas superficiais pelo corpo e duas mordidas grandes na pata que precisaram ser fechadas com pontos. A boa notícia é que nenhuma delas atingiu órgãos vitais.
Posse responsável
Antes que alguém me questione dizendo que estou criminalizando o cachorro, devo dizer que não, estou culpando sim o proprietário, pois foi ele que deixou o bicho escapar.
Os pitbulls já sofrem um preconceito enorme por causa, claro, dos humanos. Por conta de criação errada, esses cães, que têm uma mordedura capaz de matar e grande porte físico, são treinados para serem agressivos e, infelizmente, sofrem as consequências dessa irresponsabilidade.
De mais a mais, o ataque poderia ter partido de um cão de outra raça ou mesmo de um vira-lata de grande porte. O que eu quero dizer é que se você, por ignorância, cria um cachorro dessa maneira tem de ter responsabilidade para que esse tipo de situação não aconteça. Não permitir que ele escape de casa, passear de guia e focinheira e cuidar para que se ele for agressivo não chegue perto de outros animais e crianças. Afinal, ele pode matar!
Ah, quando digo não permitir que ele escape não é manter amarrado, pelo amor de Deus. Mas ter atenção para que o recinto onde ele vive seja a prova de fugas.
O que diz a lei – Segundo o novo Código Civil, o proprietário do animal pode ser responsabilizado caso fique provado que não mantinha o bicho sob a guarda necessária. “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima, ou força maior”, diz o artigo 936.
O juiz aposentado Sílvio de Salvo Venosa explica em artigo para o site Migalhas que o juiz nesses irá analisar se ” o dono ou detentor o guardava e vigiava (animal) com o preciso cuidado; se o animal foi provocado por outro da própria vítima, o que lhe imputa a responsabilidade; se houve culpa, em sentido amplo por parte da vítima.
Aqui em casa é nítido, o Theo morre de ciúmes da mommy (eu, no caso 🙂 e o Toddy, do papito. Eles nunca chegaram a atacar, até porque esse é um comportamento que deve ser tratado, mas o Theo já deu umas rosnadinhas pro papito quando ele tentou tirá-lo da cama quando estávamos deitados.
A explicação para essa atitude, no entanto, não é nada mirabolante, os cães podem se tornar ciumentos com tudo que consideram deles, especialmente, os humanos. Mas por que isso acontece? O livro “100 perguntas que seu cão faria ao veterinário, se pudesse falar”, de Bruce Fogle, dogs criados numa casa de mulheres se acostumam com a voz e o cheiro femininos. Se forem cachorros machos podem também se tornar proprietários delas e se sentir ameaçados quando farejam o cheiro de homens em suas tutoras.
Em qualquer relação entre homem e cachorro, apenas um humano se tornará o dono ou a dona. Nos ambientes onde há homens e mulheres, a escolha é influenciada por múltiplos fatores. Por exemplo, o peludo pode escolher quem o alimenta e passeia com ele, e essa pessoa pode ser uma mulher. Ou em outra casa, o eleito será aquele com a voz mais grave e severa, em geral, um homem. Cães que escolhem homens com essas características certamente possuem natureza dominante.
Melhorando a relação com o cachorro
Não é saudável que o peludo ataque aqueles que tentem chegar perto do seu dono ou da sua dona. Essas reações, de acordo com Fogle, podem ser minimizadas se a pessoa que é atacada assuma algumas responsabilidades em relação ao bichinho, como alimentar e passear.
Olá tios e tias, olha a gente de volta e com novidades: o blog ganhou uma cara nova. Deem uma olhada como nosso logotipo ficou fofo <3. Os avatares das categorias também estão demais.
Em Alimentação, encontre posts sobre tudo que vai para a nossa barriguinha. Huuuum! Tem reportagem sobre alimentação natural, petiscos, ração e até receitinhas.
Já em Causa Animal, a gente fala de um assunto muito sério, a situação dos doguinhos carentes e que estão pelas ruas. A ideia é ajudá-los a encontrar uma família bem bacana, igual a nossa.
Ah não esquecemos de abordar os nossos probleminhas de Comportamento e indicar soluções para melhorar a convivência com as nossas mommies, papitos e também com outros doguinhos. Sabiam que problemas de comportamento são uma das principais causas de abandono? Triste, né? Vamos contribuir para mudar isso.
Na categoria Dia a Dia & Diversão tudo o que a gente apronta em casa e na rua. Vem aumentando o número de bares, restaurantes e lanchonetes que aceitam os catioríneos, para nossa felicidade. Além disso, eventos produzidos especialmente para os dogs estão cada vez mais frequentes.
Em Produtos, falamos de … produtos :-P. A mommy está sempre antenada às novidades que chegam ao Brasil e somos grandes testadores, sempre prontos a experimentar novidades. Alguém quer nos contratar?
Por fim, mas não menos importante, temos a categoria Saúde. Uma seção em que abordamos além de doenças, métodos preventivos que podem garantir mais anos em nossa companhia.
Esperamos que vocês gostem dessa nova fase do MFC. Prometemos caprichar 😉
Theo, Toddy, Paçoca, DJ (in memorian), Ozzy (in memorian), mommy e papito.