O Sampa chegou à vida da Heloísa e do Marcelo para ser o amuleto que levaria o casal de volta a São Paulo. Explico. O Marcelo havia se transferido para Rio Branco, no Acre, a trabalho, e a Heloísa passava muito tempo sozinha numa cidade em que não conhecia ninguém. Daí surgiu a ideia de ter um cachorrinho, que não por acaso foi batizado de Sampa, apelido da cidade de ambos e para onde eles queriam voltar rapidamente. Essa história começou em 2005, e o amuleto realmente trouxe sorte. Hoje a família já está de volta a São Paulo, e nesse ano aquele pequeno filhotinho de maltês acreano já vai completar nove anos.
A mãe do Sampa conta que queria um cachorro pequeno, pois moravam em apartamento, e uma raça que não latisse muito. Bem, pequeno o maltês é, os machos costumam ter entre 21 cm e 25 cm. E, apesar do Sampa ser fora do padrão, cerca de 15 cm maior, isso não incomoda o casal.
Mas aquela característica de não latir muito não se aplica a todos os malteses, e o Sampa está incluído nesse grupo. O site PetMD explica que se o maltês assume o papel de líder, pode desenvolver distúrbios de comportamento, tornando-se ansioso e estressado e os latidos vêm como consequência.
No caso do Sampa, o excesso de latidos fica mais grave em passeios na rua, o branquinho não gosta de seres da mesma espécie, e dentro do carro. Ainda filhote, o Sampa costumava passear bastante pelas ruas de Rio Branco, mas, segundo Heloísa, um episódio pode ter marcado muito a vida do pequeno. Certa vez, antes do maltês completar um ano, uma criança insistiu bastante para brincar com ele e, apesar dos alertas do Marcelo de que o cão não estava gostando muito, ela insistiu, deixando o o filhote muito estressado. Esse comportamento, diz o site Guia de Raças, é bastante comum em maltês, um cão muito apegado aos donos, mas que, às vezes, é intolerante com brincadeiras de crianças. Um problema complicado para proprietários da raça, afinal qual criança não fica encantada com um ser branquinho tão bonitinho?
Mantendo a beleza – Falando em fofurice, para manter a beleza, o Sampa vai de 15 em 15 dias tomar banho no pet shop. A mãe diz que talvez ele precisasse de mais banhos, pois adora brincar e se sujar no gramado de casa. Mas conscientemente, ela optou por banhos quinzenais e escovação periódica, sempre recompensada por um delicioso biscoitinho. Além disso, ela prefere manter o pelo do garoto aparado. Um hábito que vem desde Rio Branco, cidade muito mais quente do que São Paulo.
O pequeno Sampa, apesar de gostar muito de sujar no gramado, é um cachorro de energia média, um padrão da raça. Brincadeiras dentro de casa ou mesmo no quintal já satisfazem suas necessidades. “Ele se cansa rápido”, afirma Heloísa.
No último ano, o maltês ganhou uma irmã felina, a Barça. Inicialmente, a mãe conta que ele ficou um pouco reticente com a nova integrante da família. Heloísa diz que foi então em busca de informações sobre como acostumar cães e gatos, e com uma grande aliada, a caixa de transporte, conseguiu aos poucos que os dois vivessem harmoniosamente. “Ele entendeu que ela se tornou parte da família”. E, pasmem, hoje a Barça até come a comida dele *rs*.
** O Sampa inaugurou a categoria Raças no Meu Filho Cão. Nesse espaço, quero mostrar os legítimos representantes das diversas raças que temos, com suas características padrão e os traços de personalidade que fazem de cada cachorro um ser único.