Selo classifica as melhores pousadas para levar o pet

O cachorro se hospeda no quarto com os pais, opção de espaço para refeições junto com os pets, equipe de atendimento com conhecimento básico sobre raças e portes são alguns dos requisitos para uma pousada “amiga dos animais” ser classificada como super premium, de acordo com o ranking da empresa Turismo 4 Patas.

O que basicamente achei legal na classificação é que para obter o selo, mesmo em categorias inferiores, é obrigatório que o pet se hospede com o dono. Gente, é o básico, né? Quando nesse ano fui em busca de uma pousada para me hospedar com os meus filhos, achei algumas em que o peludo tem de ficar em um canil. Um local desses, na minha opinião, não é “amigo dos animais” nem aqui, nem na China.

A pousada Ronco do Bugio, classificada como super premium
A pousada Ronco do Bugio, classificada como super premium

 

Bem, segundo o ranking, há apenas uma hospedagem pet friendly super premium no Brasil, a Ronco do Bugio, em Piedade, São Paulo. De acordo com informações do site da Turismo 4 Patas, a pousada oferece kit “Dog Hospedagem” com toalha, mantinha e porta-ração (para serem usados durante a estadia e devolvidos no final), saquinhos para dejetos e biscoitos. Lá, podem circular livremente pelos espaços gramados e entre as árvores. Só não é permitida a entrada no salão interno do restaurante e na área da piscina. Mas há um espaço com mesas externas onde os pets podem ficar ao lado do do dono durante as refeições. O local cobra uma taxa de R$ 40 por animal e aceita cães de portes mini a grande, exceto as raças mastim, fila, pitbull, dog alemão e rotweiller.

Classificada como “premium” está a pousada Encanto da Bocaina, localizada em São José do Barreiro, também em São Paulo. Segundo os critérios obrigatórios de classificação, a pousada só não oferece um kit de boas vindas – com petiscos, tapetes higiênicos, comedouro bebedouro – de resto tem todos os itens da hospedagem super premium. Segundo informações da Turismo 4 Patas, na Encanto da Bocaina o peludo pode acompanhar os pais no café da manhã e outras refeições feitas ao ar livre. No local, a família tem como opção de passeio cachoeiras e trilhas. A taxa por animal é de R$ 15 por cada pet por diária. A pousada não recebe cães das raças pastor alemão, pitbull, american staffordshire terrier, rottweiller, bul terrier, mastim napolitano e fila e suas variações.

A pousada Bicho Preguiça, em Peruíbe
A pousada Bicho Preguiça, em Peruíbe

Já na classificação “standard” há duas opções: a Fazenda Hotel Santa Rita, em Natividade da Serra, São Paulo, e pousada Bicho Preguiça, em Peruíbe, no litoral paulista. Nesse nível, a hospedagem deve, ao menos, oferecer hospedagem junto com o dono, lixeiras exclusivas para fezes animais, indicação de veterinário, equipe com conhecimento básico sobre raças e portes, kit de primeiros socorros e bebedouros em locais estratégicos. A primeira cobra uma taxa de R$ 35 por cão e a segunda não informa o valor/

No site da Turismo 4 Patas você ainda pode fazer uma busca por outras pousadas que não obtiveram o selo, mas que recebem animais. A pousada que fiquei em agosto com os meus filhos cães, a Pura Vida, em Maresias, está listada lá. Aqui você pode ler meu relato.

Para conseguir o selo, a hospedagem tem de passar por uma avaliação técnica em que são avaliados os itens obrigatórios que a hospedagem deve oferecer, entre outras etapas de análise. A ideia da Turismo 4 Patas é excelente e fica aqui a torcida para que mais pousadas se interessem em obter o selo.

Como viajar com o filho cão sem levar multa

Fim de ano é hora de botar o pé na estrada. Hoje já é comum (ainda bem!) as famílias levarem seus filhos cães para passar o réveillon longe de casa. Mas o transporte de animais exige alguns cuidados e há regras no Código de Trânsito Brasileiro que definem como levar o bichinho dentro do veículo. O descumprimento rende belas multas e alguns pontinhos na carteira.

Toddy e DJ dentro do carro à espera do irmão. Ainda não estavam com o cinto afivelado, pois o carro estava parado
Toddy e DJ dentro do carro à espera do irmão. Ainda não estavam com o cinto afivelado, pois o carro estava parado

Por exemplo, você já deve ter visto nas reportagens sobre saída para o feriado cachorros sendo transportados no colo do passageiro que vai na frente. Está errado. A lei diz que é infração “dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança”. Ou seja, o agente de trânsito provavelmente vai interpretar que carregar um cão no banco do passageiro infringe essa norma. E, vamos combinar, não é seguro. Vai que você está distraído e o bichinho pula no colo do motorista. Já pensou que perigo. Nesse caso, a infração é considerada leve e você pode ser multado em R$ 53,20 e somar 3 pontos na carteira.

Bem, então o certo é carregar o filho cão sempre no banco de trás ou no porta-malas. O Código não fala sobre acessórios específicos, mas há no mercado uma boa variedade deles. São caixas de transporte, assento para cães, cintos de segurança com peitoral e adaptadores de cinto de segurança.

Eu uso um adaptador de cinto de segurança (esse aqui) com peitoral de couro que já tinha. Paguei R$ 17,10 na Cobasi, em São Paulo. Funciona bem. A ideia é deixar sempre a correia do adaptador bem curtinha para que o cachorro não consiga se movimentar muito. Mas, pelo amor de Deus, nunca use esse acessório com uma coleira de pescoço, a chance de enforcamento é grande.

O pet não deve se movimentar muito porque além de perigoso, a lei diz que é vetado “conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados”. Então, sabe aquela história de deixar o bichinho com a cabeça para fora do carro? Pois é, trata-se de infração grave com multa de R$ 127,69 e 5 pontos na carteira.

Aaah, e o Código ainda diz que que é proibido “dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas”. Mas você, como dono responsável, nem cogitou a possibilidade de levar o peludinho no colo ao volante, né? Bem, mas só para você saber, essa conduta acarreta em 4 pontos na carteira e multa de R$ 86,13.

Acessórios para transporte – Parece ser opinião comum entre os adestradores que a caixa de transporte é o meio mais adequado para transportar o pet no carro. Nos aviões, ela é obrigatória.

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No entanto, para você conseguir levar seu filho cão numa boa dentro dela, terá de gastar algum tempinho na adaptação dele. Eu nunca usei, mas acredito que seja uma ótima alternativa mesmo. E você pode colocá-la tanto no banco de trás, quanto no porta-malas, garantindo, claro, que o bichinho tenha ventilação suficiente. Na Cobasi, os preços das caixas de transporte variam de R$ 54 a R$ 219.

Os cintos de segurança com peitoral reforçado também me parecem uma excelente solução, até pretendo comprá-los em breve. Na Bitcão, há um modelo que custa R$ 88,80.

Para os cães pequenos, há também a opção do assento. Na Pet Love, o acessório parte de R$ R$ 59,90.

 

Medo de fogos, um problema a ser resolvido a longo prazo

fogos_vale_1Chegam as festas de fim de ano e o que não faltam são matérias sobre como lidar com o medo de fogos. Mas o que as reportagens não dizem, ou pelo menos muitas não deixam claro, é que esse problema, medo de barulho e fogos é só um deles, só dá para ser resolvido a longo prazo.

Um dos meus filhos, a DJ, tinha um medo pavoroso não só de fogos, mas também de outros barulhos altos, como trovões. Mesmo que os fogos estivessem estourando longe, os batimentos cardíacos dela aumentavam, ela tremia, colocava o rabo entre as pernas, entre outros sintomas. A gente, realmente, achava que ela ia morrer do coração.

Hoje, ela ainda tem um pouco de medo se o barulho for alto demais, mas melhorou bastante com um treinamento que demandou muita paciência e consistência, mas que não é complicado. Basicamente o que fizemos durante meses foi associar todo tipo de barulho alto, não só fogos, a muita festa e petiscos. Foram muitos “viva a DJ” e Biscrocks para ela entender que o barulho alto não representava perigo.

O primeiro passo da dessensibilização – palavra que os adestradores gostam – é arranjar o som alto. Você pode pegar sons de fogos na internet ou comprar um CD(a Bitcão vende). No primeiro momento, com o som bem baixinho, você pode fazer festa e dar petiscos, promover brincadeiras ou pedir comandos, caso o peludo reaja ao barulho sem medo. Vá aumentando a altura gradativamente A ideia é não aumentar o trauma e associar o barulho alto a uma coisa boa.

Durante o treino, é importante ter controle em algumas situações em que fogos são comuns. Em dias de jogos, por exemplo, coloque o filho cão num quarto, feche portas e janelas e, se quiser, ponha algodão nos ouvidos dele. Tente dar os petiscos e fazer festa. Caso ele demonstre muito medo e não coma, aja naturalmente, não abrace ou afague, mostre para ele que é uma situação normal.

Se você avaliar que o medo é excessivo, consulte o veterinário e veja a possibilidade de dar um tranquilizante. Mas, veja bem, o objetivo é deixar o peludo apenas mais relaxado para que você possa realizar o treinamento. Não é legal que ele durma ou que dependa sempre do remédio nessas situações.

Descobri há pouco tempo que a Bitcão tem uma camisa calmante, que serve como auxiliar nesse tratamento. Eu nunca usei, mas, segundo a loja, ela age fazendo uma pequena pressão, aliviando músculos e acalmando. Pode ser útil.

Filho cão e filho humano podem ser uma dupla perfeita

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Já faz algumas semanas que as imagens de um cachorrinho filhote e uma criança dormindo juntos encantam o mundo. A norte-americana Jessica Shyba, que mantém um blog de maternidade, tem clicado o seu recém-adotado cão Theo (mesmo nome do meu caçula :-D) ao lado do seu bebê, Beau.

Jessica conta que Theo só dorme e sossega ao lado de Beau. Ela viu na adoção do cachorro uma oportunidade de compartilhar a experiência de criar um pet e filhos juntos. A americana tem outros dois filhos.

Mas como criar com sucesso um filho cão e um filho humano juntos? Os especialistas dão algumas dicas**:

– Quando você já tem crianças e quer adotar um cachorro, como no caso da Jessica, é importante que ele seja adotado ainda filhote, dentro do período em que deve ser socializado, ou um adulto que já se relacionava com crianças antes. É necessário testar como o cão vai reagir durante as refeições ou quando está com um brinquedo. Alguns podem se amedrontar ou reagir de forma ameaçadora nessas situações.

– Antes de levar o cãozinho para casa, estabeleça regras e obrigações como, por exemplo, se o peludo poderá subir nas camas. As normas devem ser seguidas por todos os integrantes da família para não haver conflito. Obrigações como passear com o cachorrinho, escovar o peludo e dar comida também devem ser compartilhadas por todos. Claro que na questão do passeio se a criança já for grande o suficiente. Mas se não for, ela pode acompanhar um adulto.

– É essencial explicar para os pequenos que o cãozinho não é brinquedo, que sente dor e pode reagir. Deixe claro que não pode puxar rabo, orelhas, pelo.

– Outros cuidado que pode evitar acidente é proibir a criança de importunar o peludo quando ele estiver dormindo ou comendo. No primeiro caso, explique que os cães dormem bastante e que acordar o pet toda hora vai estressá-lo bastante.

– Aliás, decida de antemão o local onde o cachorro vai dormir. Esse espaço deve ser sagrado para o peludo e lá ele não deve ser importunado.

– Também deve ficar proibido dar restos de comida ao pet. Esclareça que esses restos podem prejudicar a saúde do bichinho.

– Avise todos os membros da família e visitantes de que o que cai ao chão pode ser apanhado pelo cachorro. Os trabalhos de casa, tênis, roupas devem ser mantidos fora do alcance até ele aprender quais são os brinquedos dele.

– Crianças acima de 7 anos já podem executar alguns exercícios de obediência básica – como o “vem” e o “senta”. Essa experiência é bacana para deixar claro ao cão que a criança está acima dele na hierarquia.

Se você quiser acompanhar a rotina do Theo e do Beau, você pode seguí-los no blog, no Facebook e no Instagram.

** Nesse post, usei informações de dois artigos, um da Purina e um da Pedigree.

 

Dois bons livros para ajudar na educação dos nossos filhos cães

Livros

Nada melhor para uma boa convivência com os nossos filhos cães do que ter informação de qualidade sobre o que se passa na cabecinha deles. Felizmente, o Brasil tem melhorado nesses aspecto e hoje já dá para encontrar bons livros em português sobre educação e criação de cachorros.

Um deles é o “Cão de Família“, do Alexandre Rossi e da Alida Gerger. O livro reúne orientações valiosas sobre cuidados e como evitar possíveis problemas com os nossos filhos cães. O adestrador e a veterinária ensinam, por exemplo, como preparar a casa e quais itens devemos comprar para receber o cão.

Você sabia que é uma “grande sacada”, segundo os especialistas, levar o filhotinho para dormir com você nas primeiras noites. O livro diz que o cão novinho que é poupado de situações muito estressantes tende a ser mais confiante. A recomendação é que o filhote não se sinta completamente abandonado ao chegar à nova casa. Então, ele pode sim dormir com alguém. Depois de alguns dias, quando ele adquirir mais confiança, é possível ensiná-lo a dormir no seu cantinho. Mas antes de levá-lo definitivamente para lá, acostume-o ao local e o associe com experiências positivas, como um lugar onde ele ganha petiscos e brinquedos.

Outro capítulo que achei muito interessante e já falei nesse post é um programa de reeducação alimentar que o livro apresenta, que ajuda os donos no processo de emagrecimento do cachorro. O “Cão de Família” ainda fala sobre o que levar em conta na hora de escolher um cachorro, quais brinquedos e atividades fazem diferença e orientações sobre como manter a saúde e a segurança do pet.

Já o “Manual do Cachorro“, escrito pela adestradora Cláudia Pizzolatto e vendido pela BitCão, também traz em linguagem divertida dicas para educar seu filho cão. O bacana do livro é que apesar da Cláudia ser uma profissional, o discurso é meio de mãe para mãe ou de mãe para pai.

Achei muito divertido e bem fundamentado, por exemplo, o primeiro capítulo em que ela pergunta: “Você está preparado para ter um cachorro”. Dentre as questões está “Qual é o melhor cachorro para apartamento, que solte pouco pelo e fique sozinho o dia todo?”. Cláudia responde o “de pelúcia” e acrescenta que não existe cachorro mudo, que não solta pelos e nem aquele que vai achar o máximo passar o dia inteiro sozinho. É isso aí, gente, concordo com ela.

A adestradora ainda explica por que e como você deve usar a caixa de transporte a seu favor. Preciso incluir isso na minha lista de atividades com meus filhos. E também como agir quando o cão morde o dono, pula nas pessoas, rói tudo, entre muitos outros assuntos.

O “Cão de Família” está custando R$ 49,90 no site da Saraiva e R$ 42,40 no site da Livraria da Folha. Eu comprei o meu pelo Estante Virtual, que vende livros usados, e paguei R$ 39,90. O “Manual do Cachorro” é vendido pelo site da BitCão e sai por R$ 15.