Na última semana, recebi um e-mail muito bacana. O setor de marketing do site Westwing, especializado em decoração, entrou em contato comigo para divulgar um e-book que produziram com receitinhas super especiais para os peludinhos. O livro se chama “Cookies para Cães: Um Mimo para seu Melhor Amigo”, e as receitas indicadas por quem entende e gosta muito de cachorros, como o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, o pai da Estopinha, e a Juliana Bechara, proprietária da La Pet Cuisine.
Hoje vou divulgar aqui uma das receitas do livro, o Petisco de Bacon, produzida pela Denise Debiasi, dona da Lolipet e mãe da Lolita. Infelizmente não pude produzi-la, como gosto de fazer com as receitas que publico, porque a DJ, que está em tratamento contra um câncer, não pode comer alimentos fora da sua dieta, mas tenho certeza que seu filho cão vai amar o petisco. Me contem se fizerem, ok? 😉
Então, vamos lá à receita:
Ingredientes – 1 1/2 xícara de farinha de trigo integral
– 1 1/2 xícara de gérmen de trigo
– 1 1/2 xícara de gordura de bacon derretida
– 1 ovo
– 1/2 xícara de água fria
Modo de fazer Primeiro, pré-aqueça o forno a 150 graus. Misture todos os ingredientes. Se a massa estiver muito mole coloque mais farinha, se estiver muito dura, coloque mais gordura. Abra a massa e corte. Coloque para assar em uma forma revestida por papel manteiga. Deixe no forno por 10 minutos. Esfrie a massa. Os biscoitos podem ser mantidos em temperatura ambiente.
Dia desses uma amiga me contou que uma das suas cachorrinhas não tinha nenhum problema de comportamento, a não ser comer cocô :-S. Bem, pode não ser a pior das situações, mas vamos combinar que não deve ser nada agradável ver seu cachorro comendo cocô. Como nunca enfrentei essa situação com os meus peludinhos, nunca havia pesquisado sobre o tema, então, para ajudá-la, fui à caça do que dizem os livros que tenho sobre o assunto.
O melhor artigo que achei foi da treinadora Cláudia Pizzolatto no livro “Manual do Cachorro – um Guia Prático de Solução de Problemas”, que lista uma série de situações que podem desencadear o problema e também dá algumas sugestões de como resolvê-lo.
Dicas para o cachorro parar de comer cocô
Vamos, então, juntar as soluções aos possíveis motivos que podem causar esse mau comportamento, que é chamado pelos especialistas de coprofagia:
– A primeira dica que a Claudia Pizzolato dá é alimentar seu cachorro adulto pelo menos duas vezes por dia com uma ração de boa qualidade. Se você tiver mais de um bichinho, alimente-os em pratos separados e se certifique que todos estão tendo oportunidade de comer direito.
A treinadora explica que quando mais de um cachorro é alimentado ao mesmo tempo, muitas vezes no mesmo prato, o cachorro dominante pode impedir o submisso de comer. Esse último passa fome e tem de recolher as fezes do cão dominante para não passar fome.
A qualidade do alimento também pode acarretar esse tipo de mau comportamento, peludinhos com dietas pobres em fibras e proteínas tendem a buscar essas substâncias no cocô de outro cachorro. Estudos mostram ainda que alimentar o cachorro apenas uma vez por dia em grande quantidade não é recomendado já que os nutrientes não são absorvidos direito, passando direto para as fezes. Sentindo-se mal nutrido, o bichinho acaba voltando às próprias fezes para se alimentar.
– Procure manter o jornal ou tapete higiênico do seu cachorro sempre bem limpinho. Se possível, também observe quando ele for ao banheiro e crie uma rotina para distraí-lo assim que ele fizer cocô. Quando ele acabar, chame-o para outro cômodo, dê um biscoitinho e limpe o banheiro dele sem que ele veja. Pode parecer inacreditável, mas alguns cachorros acabam imitando a limpeza que o dono faz comendo as próprias fezes para não deixar seu banheiro sujo.
– Não brigue com o seu cachorro caso ele tenha feito cocô no lugar errado sem que você tenha visto. Sabem aquele hábito antigo e condenável de esfregar o focinho do cachorro no cocô? Além de ser violento, pode acabar desencadeando o mau comportamento. O cachorro recolhe as fezes, até do seu próprio banheiro, com medo de levar uma bronca. Caso você consiga flagrar o peludo se preparando para se aliviar no lugar errado, diga um sono “não”, leve-o imediatamente ao banheiro dele e recompense bastante com petisco, festa e carinho assim que ele fizer a caca no lugar certo.
– Se você acha que nenhuma dessas situações se aplica ao seu peludo, leve-o ao veterinário para um check-up e se for preciso submeta-o a um exame de fezes. Também mantenha o seu bichinho sempre livre de vermes, administrando o vermífugo de acordo como orienta o profissional.
Vasinhos de plantas comestíveis. Na Cobasi, cada um custa R$ 2,90.
Duas coisas sempre me provocaram curiosidade na relação entre os cães e plantinhas e fui atrás das respostas. A primeira é, por que, de vez em quando, eles cismam em comer graminha? E a segunda, aqueles vasinhos de plantinhas comestíveis para cachorros à venda na Cobasi realmente fazem bem?
Bem, vou começar falando primeiro sobre a segunda dúvida porque também é resposta para a primeira. Sim, essas plantinhas são muito boas para a saúde dos nossos peludinhos. Na verdade, segundo um artigo publicado pela Dra Deva Khalsa, especialista em medicina veterinária holística, a clorofila de certas plantas (nem todas são comestíveis!) e também de alguns alimentos contribui para manter a saúde sanguínea dos cachorros, isso porque essa substância ajuda a reabastecer as células vermelhas do sangue.
Além disso, a clorofila também auxilia no combate a infecções, na cura de feridas, na melhora do sistema imunológico e também a desintoxicar não só o fígado como o restante do sistema digestivo, por esse motivo que a maioria dos cachorros quando têm alguma indisposição gastrointestinal recorrem à grama. Taí a resposta para a primeira dúvida.
Brócolis é excelente fonte de clorofila.
No entanto, apesar de ser bom oferecer algumas plantinhas comestíveis, segundo a veterinária, os peludinhos não conseguem digerir toda a clorofila existente nelas, daí a importância de complementar a dieta deles com outros alimentos que contêm a sustância. Entre eles estão: brócolis, ervilha, aspargos e couve. Você pode prepará-los, por exemplo, no vapor e misturar à ração ou, então, colocá-los em forminhas de gelo, congelar e servir como petisco. Fácil, né?
Quanto às plantinhas, se você não quiser comprar as que estão à venda na Cobasi, você pode plantar trigo em casa. Basta comprar alguns grãos, que podem ser achados em lojas de produtos naturais, plantar num vaso médio, posicionar em um local iluminado e regar. Após uns cinco dias, os brotos já começarão a surgir. Deixe ficar do tamanho de capim e dê ainda verdinho ao seu filho.
Arruda é uma das plantas tóxicas para os cães.
Agora, atenção! Nem todas as plantas podem ser ingeridas pelos cachorros. Algumas são tóxicas e podem até matar. O site Cachorro Verde fez uma lista delas:
– Alamanda (Allamanda cathartica) – a parte tóxica é a semente.
– Antúrio (Anthurium sp) – as partes tóxicas são folhas, caule e látex.
– Arnica (Arnica Montana) – a parte tóxica é a semente.
– Arruda (Ruta graveolens) – a parte tóxica é a planta toda.
– Avelós (Euphorbia tirucalli L.) – A parte tóxica é toda a planta.
– Beladona (Atropa belladona) – As partes tóxicas são flor e folhas. – antídoto: Salicilato de fisostigmina.
– Bico de papagaio (Euphorbia pulcherrima Wiild.) – A parte tóxica é toda a planta.
– Buxinho (Buxus sempervires) – A parte tóxica é são as folhas.
– Comigo ninguém pode (Dieffenbachia spp) – As partes tóxicas são as folhas e o caule.
– Copo de leite (Zantedeschia aethiopica Spreng.) – A planta é toda tóxica.
– Coroa de cristo (Euphorbia milii) – A parte tóxica é o látex.
– Costela de Adão (Monstera deliciosa) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
– Cróton (Codieaeum variegatum) – A parte tóxica é a semente.
– Dedaleira (Digitalis purpúrea) – As partes tóxicas são flor e folhas.
– Espada de São Jorge (Sansevieria trifasciata) – A parte tóxica é toda a planta.
– Espirradeira (Nerium oleander) – A parte tóxica é a planta toda.
– Esporinha (Delphinium spp) – A parte tóxica é a semente.
– Fícus (Ficus spp) – A parte tóxica é o látex.
– Jasmim manga (Plumeria rubra) – As partes tóxicas são flor e látex.
– Jibóia (Epipremnun pinnatum) – A parte tóxica são as folhas, caule e látex.
– Lírio da paz (Spathiphylum wallisii) – As partes tóxicas são as folhas, caule e látex.
– Mamona (Ricinus communis) – A parte tóxica é a semente.
– Olho de cabra (Abrus precatorius) – A parte tóxica é a semente.
– Pinhão paraguaio (Jatropha curcas) – As partes tóxicas são semente e fruto.
– Pinhão roxo (Jatropha curcas L.) – As partes tóxicas são as folhas e frutos.
– Saia branca (Datura suaveolens) – A parte tóxica é semente.
– Saia roxa (Datura metel) – A parte tóxica é semente.
– Samambaia (Nephrolepis polypodium). Existem vários tipos de samambaias e outros nomes científicos. Essa é apenas um exemplo, todas são tóxicas. A parte tóxica são as folhas.
– Taioba brava (Colocasia antiquorum Schott) – A parte tóxica é toda a planta.
– Tinhorão (Caladium bicolor) – A parte tóxica é toda a planta.
– Vinca (Vinca major) – As partes tóxicas são a flor e folhas.
Theo se deliciando com o picolé de iogurte e banana
Nesses dias de verão, temos de ser criativos para ajudar os nossos filhos cães a enfrentar o calor. Pesquisando por delícias geladas para os meus peludos, encontrei uma receita de picolé de iogurte na revista Modern Dog Magazine. Dei uma adaptada, troquei o blueberry por banana e sucesso, eles amaram!
Antes de passar à receita, só queria explicar que o iogurte natural é muito benéfico para os cães. Segundo o site Cachorro Verde, maior referência em alimentação natural para pets, o iogurte é fonte de cálcio, contém vitaminas do complexo B, minimiza danos causados por antibióticos, ajuda a prevenir infecções gastrointestinais, entre outros benefícios.
A quantidade diária ideal é a seguinte: 1 colher de chá para cães mini, 1 colher de sobremesa para cães pequenos e gatos, 1 de sopa para médios, 2 de sopa para grandes e 3 a 4 de sopa para cães gigantes.
Bem, dito isso vamos à receita:
Ingredientes
2 copos de iogurte natural
3 bananas nanicas maduras
1 colher de sobremesa de mel
1 colher de sopa de água
Forma para picolé
Palitos para picolé
Etapas do processo de produção
Modo de fazer
Bata o iogurte, as bananas, o mel e a água no liquidificador. Distribua na forma para o picolé, ponha os palitinhos e leve para gelar no congelador ou freezer. Na potência máxima, os sorvetes levam cerca de duas horas para ficarem no ponto. Depois é só desenformar e fazer a alegria da galera :-).
Só para vocês terem uma ideia, essa receita rendeu 750 ml de sorvete. Só tinha seis espaços na forma, mas poderia ter feito até uns 8 picolés.
A cerveja brasileira para cachorro. (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)
Quando ofereci pela primeira vez a Dog Beer para os meus filhos há cerca de dois meses fiquei impressionada, tive de separá-los porque houve briga. O Toddy, como sempre o mais esganado, tomou a porção dele rapidinho e atacou as dos irmãos que ficaram bravíssimos. Eles simplesmente amaram a bebida e lamberam até os potes ficarem secos.
Para comprovar se era só uma empolgação inicial, comprei a cerveja canina novamente na semana passada. O resultado foi o mesmo da primeira vez, a galera pirou na bebida, que parece ser tão boa quanto a dos humanos.
A Dog Beer, me explicou o idealizador Marco Melo, foi desenvolvida por três anos numa parceria entre veterinários e especialistas do Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas do Senai do Rio de Janeiro, único polo de formação de mestres cervejeiros da América Latina.
A cerveja canina, segundo o fabricante, é feita nos mesmos moldes da bebida para humanos (deve estar aí parte do sucesso). Ela tem uma formulação a base de malte, sabor carne e é livre de álcool, claro, e de gás carbônico, que é prejudicial aos peludinhos.
Dogs acima de 4kg podem consumir até uma garrafa por dia, enquanto aqueles abaixo desse peso podem ingerir até meia garrafa. A cerveja pode ser servida gelada ou na temperatura ambiente, de acordo com o clima ou a preferência do seu filho cão. Lembrando que a Dog Beer é um petisco e não deve de maneira nenhuma substituir a água.
Eu comprei a minha no petshop Mondo Pet, do shopping Morumbi, em São Paulo, e paguei R$ 16. No site, há um link Onde Encontrar em que você pode conferir onde a bebida é vendida na sua cidade.
Opinião do Toddy, do Theo e da DJ: Na quinta, vai rolar uma Dog Beer, né?
Porções iguais para não haver briga (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)Theo bebendo sua Dog Beer (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)