O último post sobre alimentação natural foi um sucesso. As mães de peludinhos ficaram muito interessadas e surgiram diversas dúvidas, muitas delas não consegui responder pois não sou especialista. Algumas delas foram:
Congelar a comida não faz mal?
Posso colocar sal?
Os dentes não estragam ao oferecer alimentos frescos?
O que faz cair o pelo: carne ou arroz?
Então, decidi fazer o seguinte, reunir as dúvidas das leitoras e consultar especialistas, livros e sites renomados sobre o assunto.
Não perca a chance, se você tem alguma pergunta sobre alimentação natural, poste nos comentários aqui do post do blog até o dia 21 de abril. Logo depois, farei esse levantamento e publicarei as respostas aqui no blog :-).
Já faz cinco meses que todos os meus filhos estão comendo alimentos naturais, ou seja, não os alimento mais com ração. A mudança foi necessária por causa da DJ, que durante a quimioterapia deixou de comer, e, por causa disso, a veterinária nos autorizou a mudar a dieta.
No começo, fizemos a transição de ração para comida apenas com a DJ, porém os meninos que não são bobos perceberam que a irmã estava comendo algo mais cheiroso e gostoso e começaram a se recusar a comer ração. Resultado: hoje todos estão na alimentação natural
DJ se deliciando com sua AN
O cardápio foi elaborado pela veterinária da DJ. Ela nos autorizou a oferecer arroz, de preferência integral, legumes diversos (chuchu, cenoura, mandioquinha, beterraba, abobrinha e alguns outros), e proteínas (músculo, patinho, frango, lombo, fígado). Tudo tem que ser preparado cozido ou com pouco azeite de oliva, sal em pequena quantidade, apenas para dar gosto a um dos conjuntos de alimentos, isso quer dizer, se colocar sal na carne não coloca no arroz e sem outros temperos, como cebola e alho.
Inicialmente, tivemos muita dificuldade com a preparação dos alimentos. Cozinhávamos as porções para, no máximo, três dias e guardávamos na geladeira. Ou seja, de três em três dias eu e o papito éramos obrigados a cozinhar. Essa necessidade somada à nossa falta de traquejo na cozinha causava um transtorno no nosso dia a dia. Fora isso, percebemos que guardar comida fresca na geladeira, especialmente nos dias quentes, não é uma boa estratégia, já que a chance de estragar é bem grande.
Daí percebemos que o melhor método seria cozinhar todas as porções da semana no domingo, congelar e descongelar apenas no dia que a refeição é servida. E surgiu, para a nossa sorte, uma incrível ajuda, minha mãe, a vovó dos cachorros, se ofereceu pra cozinhar a comida deles. Ufa! Nosso trabalho hoje é apenas no domingo ir à casa dela, separar as porções, levar para casa e congelar. Somos sortudos, né?
Bem, nos próximos posts vou contar algumas coisas que fui descobrindo sobre alimentação natural como cálculo da quantidade de comida, as marcas que vendem comida congelada pronta, os sites e livros de referência e receitas :-).
Não é incomum sermos chamados para “adestrar” cães por conta de problemas na hora da refeição. Não, não… não é por causa daquele cachorro que atrapalha a refeição dos outros, pulando na mesa e roubando comida. O problema é durante a refeição do próprio cão, que apresenta alguma anormalidade para se alimentar: come rápido e em quantidade demasiada, e parece estar o tempo todo com fome, ou não tem fome, dependendo de “artifícios” dos tutores para conseguir comer minimamente bem; ou ainda, há aqueles peludos que comem sua comida e tudo o que houver pela frente – pano, papel, folhas, pedras!
A alimentação do cachorro parece ser a parte mais simples do seu manejo diário, certo? Ração de primeira qualidade, oferecida no seu potinho, o Totó ganha também uns biscoitos durante o dia como guloseima e também outros petiscos durante o adestramento. Pois saibam que essa rotina tão comum é fonte de muita dor de cabeça para tutores, simplesmente por não conhecerem algumas particularidades que nossos amigos caninos possuem:
Cães são caçadores por natureza
E o que isso tem a ver com o cão que come muito, ou que rejeita a ração? TUDO. Se o cão dependesse só dele para se alimentar, vivendo solto e livre, ele caçaria sua própria comida (sim, outros bichinhos!), e de quebra, procuraria alguns frutos para petiscar durante o dia. Essa caça e procura são extremamente naturais e prazerosas para os cães, que se divertem enquanto buscam alimento. E quando colocamos ração no pote duas vezes por dia, ou pior, quando deixamos um monte comida à vontade, desvalorizamos o ritual de alimentação do cão, tornando-o sem graça e vazio. Em alguns cães, isso pode se refletir no comportamento de comer tudo em poucos segundos, sem o menor apreço pela comida, e outros podem rejeitá-la, por ter ficado muito tempo aberta, ou por ser sem graça comer dessa forma.
Theo se vira pra comer petisco colocado dentro de garrafa pet
Como melhorar essa situação? Fazendo com que o cão trabalhe pela comida! Muitos tutores sentem pena de dificultar a refeição do peludo, mas justamente aí que entra a diferença entre humanos e cães: os cães gostam de fazer esforço! Pode ser através de um brinquedo específico, um comedouro lento, uma garrafa pet furada, [ver referências abaixo] simplesmente espalhando a porção de ração no quintal ou colocando vários potinhos em vez de uma só vasilha. Inicialmente o cão pode estranhar, mas logo achará interessante! Se os tutores fizerem festa e incentivarem, ainda mais! Para aqueles peludos que foram habituados a comer da mão do tutor, é uma boa saída para aumentar sua independência: incialmente o tutor manipula o brinquedo e mostra a comida, até que o pet aprenda a se alimentar sozinho de forma divertida. Essa atividade tende a aumentar o apetite dos mais seletivos, pois nem percebem que estão comendo durante a brincadeira, e também desacelerar a velocidade dos apressadinhos.
Brinquedos sugeridos:
Big PetBall – Comedouro-brinquedo em forma de bola com 4 aberturas ajustáveis. Informações sobre onde comprar no site petgames.com.br
PetFit – Comedouro lento com design inovador e 5 ventosas para fixação. Informações sobre onde comprar no site petgames.com.br
Cães tem paladar
Antigamente, muitas pessoas falavam “cachorro não diferencia gosto! É só dar qualquer comida!”. Na prática, percebemos que cães tem paladar e preferências alimentares. Isso pode ser, em parte, pela oferta de alimentos “não caninos” por parte dos tutores; por hábito ou coração mole, dão alguns alimentos muito mais saborosos do que a ração própria para cães. Isso é particularmente prejudicial quando o peludo ganha algo mais gostoso quando não comeu sua comida. Exemplo: cãozinho recebeu sua ração, mas não estava com muita fome naquela hora. Seu tutor, assustado com a possibilidade do cãozinho passar fome mais tarde, ou estar doentinho, tenta incentivá-lo a comer colocando algo mais palatável na ração (molhinho de carne, ração em pasta, carne moída, etc), ou diante de uma negativa total do cão, suprem a falta da refeição com uma fruta ou biscoito. O cachorro, que não é bobo, começa a relacionar que sempre que não come a ração, alguém complementa ou substitui por algo mais gostoso. Forma-se aí uma preferência alimentar e um padrão de comportamento: “demoro para comer, ganho algo mais gostoso depois”.
A dica? Oferecer somente a quantidade indicada pela ração/veterinário, dividida em algumas vezes ao dia; se o pet não comer tudo, retire a vasilha depois de uns 20 minutos mesmo assim. Não suplemente essa ração que sobrou com algo mais gostoso, para ver se ele limpa o prato. Siga essa rotina rígida nas próximas refeições, até o peludo espertalhão perceber que só tem ração durante as refeições – petiscos e guloseimas só durante adestramento ou para recompensar bons comportamentos. E para os pets gulosos, que parecem comer, e ainda estar com fome, sempre farejando um petisco mais gostoso, vale o mesmo esquema: a ração aparece durante as refeições, e petiscos são “prêmios”! É importante não se deixar levar pela carinha “de fome” do peludo, pois se ele já está alimentado corretamente com sua ração, certamente não está com fome, e sim com vontade de comer! Tipo a gente, que mesmo depois de uma feijoada, ainda encara a sobremesa!
Alguns cães realmente têm distúrbios alimentares
É preciso saber separar o que são comportamentos aprendidos e o que realmente pode ser um problema de saúde. Geralmente, nossos peludos gulosos são loucos por comida simplesmente por serem “bons de garfo” – labradores e beagles são bons exemplos. Isso não é distúrbio alimentar nem falta de educação, mas um comportamento natural do cão que acabou sendo reforçado pelos tutores (que oferecem mais e mais alimento achando que o cão está com fome). Por outro lado, alguns cães tem menos apetite – yorkshires e whipets, por exemplo. Mas mesmo nesses casos, é esperado que os pets comam adequadamente todos os dias, mesmo que seja uma pequena porção.
Alguns cães, além de comerem sua comida de forma exacerbada, também podem comer objetos não comestíveis. Alguns tutores, sem conhecimento, acreditam que o pet está com fome, e sem acesso à ração, acabam suprindo a necessidade com o que acham pela frente (pedras, papéis, plásticos, brinquedos, madeira, e até fezes). Porém, isso é um distúrbio de comportamento chamado pica, e deve ser rapidamente tratado com a ajuda do veterinário e de um especialista em comportamento.
Cães extremamente seletivos, que podem passar dias sem comer – mesmo petiscos ou guloseimas – não devem ser taxados somente de “frescos”: essa falta de apetite pode ser causada por alguma doença. Muitas pessoas dizem para deixar o cão sem comer, pois uma hora terá fome e será obrigado a se alimentar, mas deixar um cão desse tipo passar alguns dias sem comer, para ver se seu apetite aumenta, não é uma opção! A atitude imediata é levar o cão ao vet, pois jejum completo pode significar alguma doença.
*** Por Juliana Nishihashi, Adestradora e Consultora Comportamental da Cão Cidadão
Um dos efeitos colaterais mais comuns da quimioterapia é a perda de apetite. Como as drogas administradas são muito fortes, é normal que os peludinhos percam a vontade de comer. Após quatro meses de tratamento, poucas vezes isso havia acontecido com a DJ, mas depois da última sessão, ocorrida na segunda (9), a bichinha perdeu totalmente o apetite.
Sempre após as sessões, temos de medicá-la com Omeprazol e Vonau justamente para que ela não enjoe muito. Em geral, dá certo, porém na última segunda ela passou pela sessão mais pesada, que provoca, consequentemente, mais efeitos colaterais.
Entramos, então, em contato com a veterinária, que nos autorizou a oferecer alimentação natural, como frango e cenoura. O problema é que praticamente não sei cozinhar, e já li diversos artigos sobre AN que dizem que deve haver um cuidado especial na preparação de refeições humanas para cachorros. A comida deve ter baixo índice de sódio e quase nenhum tempero, ou seja, a possibilidade de eu acertar seria quase nula.
Saí em busca de comida natural já pronta. A primeira empresa que veio à minha cabeça foi a Cãolinária, já havia lido bons reviews sobre a empresa, porém eles não têm pronta entrega e tinha urgência, precisava comprar a comida de um dia para outro. Eu também considerei a Tempero Pet, que conheci numa feira gastronômica para pets, mas eles só vendem online. Foi aí que eu achei a La Pet Cuisine. No site, descobri que eles vendem refeições congeladas em alguns pet shops de São Paulo e melhor a empresa tem no cardápio uma receita com frango e cenoura.
A refeição que a DJ comeu
Franguinho da Fazenda – A refeição que comprei no pet shop Mom foi a Franguinho da Fazenda, que leva frango e cenoura, como disse acima, mais arroz, lentilha, batata doce, tomate e brócolis. O preparo é bem simples (até eu consigo *rs*), basta descongelar, pode ser no micro-ondas por exemplo, retirar a parte que será oferecida e guardar o restante na geladeira por até dois dias.
A boa notícia é que a DJ comeu. Não foi muito, mas ela já estava há três dias sem se alimentar, então, ter comido a metade da porção que ela costuma comer diariamente já foi uma vitória.
A La Pet Cuisine ainda tem outros pratos prontos: Cordeiro com Grão de Bico, Caçarola de Carne e Grãos e Risoto Vegetariano. Segundo o site, as proprietárias da empresa, uma veterinária e uma chefe de cozinha, ainda montam cardápios para dietas específicas. Legal, né?
Vou conversar com a veterinária e considerar mudar a alimentação da minha bichinha. #forçaDJ
Toddy com a proprietária da Loja do Prejuízo, Ana Carolina Sanches
Oie, queridos pais e mães de filhos cães, voltando aos posts após as férias. São tantas coisas pra escrever: feira gastronômica pet, o que eu vi nos petshops dos EUA, problemas com comedouros de plásticos. Enfim, tomara que eu consiga escrever tudo rapidinho. Mas vamos começar pela Feira Gastronômica Dog & Cat Gourmet, que eu fui neste último domingo (30) com o Toddy.
Foi muito bacana, eu e meu filhote tivemos a oportunidade de conhecer novas empresas de alimentação natural, produtinhos artesanais fofos e serviços de hospedagem. Entre as empresas de comida estavam a Cãolinária, Panela da Bela, Pet’s Pic Nic, Dog Beer, Gemon e Tempero Pet.
O primeiro estande que visitamos foi o da Gemon. Trata-se de uma marca italiana que chega ao Brasil com uma linha de rações úmidas nos sabores atum e camarão, cordeiro com galinha d’angola, fígado de frango, salmão com camarão, entre outros sabores. Uma simpática atendente tentou oferecer um pouquinho pro Toddy, mas ele ainda estava muito doidão com tanta novidade e não aceitou.
Logo depois fomos à Tempero Pet. A proposta da empresa é oferecer refeições com cara de comida caseira. Há cardápios já montados para cães saudáveis: tropeirinho de carne com batata doce, picadinho de frango com arroz integral, temperinho light de peru com legumes e cordeirinho na moranga. O Toddy experimentou o de frango. Inicialmente, ele cheirou e não comeu, mas foi só eu colocar uma porção na mão que ele devorou tudo. Menino experto, só come se for a mãe que der <3.
Além dos cardápios fixos, a Tempero Pet também oferece a possibilidade de montar refeições de acordo com as necessidades nutricionais do cão. Como, por exemplo, refeições para cachorros que têm alergias, que precisam perder peso ou com problemas renais, por exemplo.
Depois da Tempero Pet foi a vez de conhecermos as delícias da Pet’s Pic Nic, que faz petiscos com ingredientes naturais. O Toddy simplesmente adorou o de carne com espinafre e arroz integral. Ainda há na relação de produtos da empresa petiscos de frango com batata doce, frango com morango, stick de frutas e muffin de amora.
À esquerda, prato de frango da Tempero Pet. À direita, Theo aprova petisco da Pet’s Pic Nic
Infelizmente, por falta de tempo, não conseguimos passar na Panela da Bela e na Cãolinária, mas, certamente, não faltarão oportunidades pro sommelier Toddy provar os produtos de ambas.
Ah, e também tinha a cerveja para cachorro Dog Beer, que já falamos nesse post.
Acessórios e roupinhas – Como disse acima, além de comida pet, também havia expositores de roupinhas e acessórios. Consegui ver rapidamente as lindas bandanas da Estilo Peludo. Todas com estampas xadrez em cores vivas.
O estande em que mais demoramos foi o do Café Prejuízo. Já faz algum tempo que acompanhamos as histórias dos maraviosos das streets, Café e Django, e fiquei muito feliz quando a mãe deles, a estilista Ana Carolina Sanches lançou a coleção de roupinhas com tamanhos grandes, especialmente pensada para os vira-latinhas.
DJ vestida com roupinha de pug da Loja do Prejuízo
DJ dormindo na sua nova caminha
Eu acho impressionante a falta de roupinhas para cachorros grandes e isso não é só no Brasil. Já comprei camisas da China XG que mal cabiam na pata dos meus filhos e nos dois maiores petshops dos EUA, a oferta de roupinhas grandes é ridícula.
A grande sacada da Ana Carolina, além de investor nos tamanhos grandes, foi criar roupas fashion, com estampas divertidas, e que não custam os olhos da cara, pois vamos combinar as peças que achamos no Brasil são, em sua maioria, sem graça e muito caras.
Bem, claro que comprei uma roupinha, a de pug <3. Muito fofa. Também adquiri uma caminha nova pra DJ (espero que ela não destrua :-/), bem bonita e confortável. Ela amou!