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Filme mostra a realidade de cães idosos abandonados

Branco, peludo e filhote, mesmo que não haja estatísicas oficiais, é fácil perceber que a maioria dos candidatos a adotar um cachorrinho tem preferência por essas características. Mas e os pretinhos, os adultos, os deficientes, os velhinhos? Esses estão destinados a passar todos os seus dias em um abrigo ou pior a morrer nas ruas. Foi a situação desse último grupo, o dos velhinhos, que sensibilizou a fotógrafa e protetora de animais Flávia Carolina de Souza a produzir o documentário “Novo Amor Velho”.

A condição dos peludinhos da terceira idade é especialmente cruel porque, em geral, eles são abandonados pelas famílias porque ficaram “velhos demais”. Difícil para quem ama os animais acreditar que alguém seja capaz de tamanha maldade, mas, segundo Flávia, que resgata animais há cinco anos, essa situação é bem mais comum do que a gente imagina. “Durante as pesquisas, teve muita gente que me perguntou: ‘Mas é verdade isso? As pessoas abandonam porque eles estão velhos? Não acredito!’. Tem mesmo gente que nem imagina”, conta.

No filme, quatro tutoras relatam por que decidiram adotar animais idosos. As razões são diversas, mas um sentimento fica claro no depoimento de todas, elas sentem que esses bichinhos, que um dia foram rejeitados, retribuem com todo carinho a chance que tiveram de ter uma família novamente. Elas falam também sobre as vantagens de receber um bichinho idoso: mais calmos e experientes, eles demandam menos esforço físico dos donos do que os filhotes. “Para eles, você sentar, colocar no colo, fazer um carinho já é o suficiente”, diz Elizabete Oliveira, mãe de 18 cães idosos.

O curta é um produto do trabalho de conclusão de curso de Flávia. Com o trabalho de proteção animal, a fotógrafa percebeu que os velhinhos sempre “ficam para trás”. Dois dos quatro cachorros dela são idosos que ninguém quis adotar. “Quis fazer um filme que fale deles. É preciso acabar com o abandono e o preconceito em relação aos cães idosos”, afirma.

Depois do TCC, a fotógrafa criou o Animália, projeto de fotografia de animais, que comercialmente faz book de cães e gatos, mas que também tem o objetivo de produzir materiais audiovisuais em prol da causa animal. Ela conta que a produção do curta foi difícil, sem o apoio de nenhuma empresa, mas contou com a ajuda das entrevistadas, todas já conhecidas e que dedicam parte da vida a cuidar desses peludinhos especiais.

Perguntei a Flávia sobre como o documentário pode ajudar a reverter a situação dos cachorrinhos idosos abandonados e a resposta foi pura sabedoria: “Fizemos com a intenção de que toque o coração das pessoas, tanto pelos rostinhos fofos dos animais em foco, quanto pelo depoimento das mulheres que cuidam deles. Talvez exista gente que tenha um certo preconceito dos cães idosos por pura ignorância mesmo, é um preconceito sem perceber, sabe? Talvez com o depoimento dessas mulheres, algumas pessoas pensem poxa, não é do jeito que eu pensava!. Talvez tenha gente que nunca nem pensou que o abandono de idosos exista, e, quem sabe, acorde para a causa e se identifique com o assunto”.

 

Feliz Dia dos Pais!

Nesse Dia dos Pais, a família Meu Filho Cão faz uma homenagem a seres maravilhosos: os pais de cachorros. Homens que se dedicam e demonstram afeto e carinho aos seus peludinhos todos os dias. Cuidam, alimentam, brincam e dão o exemplo que deve ser seguido por todos.

Para essa homenagem, pedimos aos fãs do MFC no Facebook que enviassem fotos dos pais com seus peludinhos. O resultado foi incrível, mais de 80 imagens chegaram, uma mais fofa que outra. Criamos, então, um álbum com todas essas fotos. Está lindo, aproveitem, compartilhem o amor <3

Meu cão tem medo de tudo!

Basic RGBMedo de banho, medo de veterinário, medo de vassoura, medo de trovão, medo de fogos. Ok, muitos cães tem esses medos e consideramos “normal” que seja assim, afinal, a maioria dessas coisas pode ser assustadora ou negativa para os peludos. E medo de coleira? Medo de saco de lixo? Medo do guarda-chuva, da cortina e do espelho? Esses medos tão estranhos e aparentemente sem razão são os que mais deixam os tutores com a pulga atrás da orelha. O que teria motivado o cão a agir com tanto receio?

Uma concepção errada, porém muito comum, é que se um cão tem medo, ele com certeza foi mal tratado. Medo de vassoura – levou uma vassourada da faxineira. Medo do vet – a injeção o assustou. Mas e o espelho e o guarda-chuva? Que mal eles teriam feito ao peludo? O que muitas pessoas não sabem é que muitos cães desenvolvem medos – e até fobias – de coisas não familiares, às quais foram apresentados da forma errada.

Alguns cães tem, por conta da sua personalidade e temperamento, uma tendência a se interessar e se aproximar de coisas diferentes, de novidades. Mesmo que tomem um susto inicial, o interesse e a curiosidade acabam vencendo, e logo percebem que o objeto novo não é um bicho de sete cabeças, mesmo que não seja algo legal ou divertido – um simples guarda-chuva, por exemplo. Mas, alguns cães, ao verem objetos, sons ou qualquer estímulo diferente, imediatamente acreditam ser algo perigoso, ameaçador, sem sequer ter coragem de se aproximar. E mesmo que esse estímulo não faça nada de assustador, simplesmente por ser uma novidade, é encarado pelo cão como algo ruim.

Compreendendo esse ponto, o que devemos fazer para ajudar o cão a ser o mais corajoso e destemido possível, é sociabilizá-lo desde pequeno. Dos 45 dias até o 3º mês de vida, a chamada “janela de sociabilização”, é a época ideal para apresentar o filhote aos mais variados estímulos, sempre de forma gradual. E lembrando que eu disse anteriormente, que mesmo que o estímulo seja neutro, sem graça, dependendo do cachorro ele pode se visto como algo ruim, é necessário sempre associar estímulos novos com coisas boas – ou seja, sempre que ele encontrar algo diferente, deve receber um petisco, um carinho, um elogio.

Dicas para melhorar a vida do seu cachorro

Existem alguns pontos principais para aprender a lidar com o(s) medo(s) do seu peludo, e acredito que muitas pessoas desconheçam, e até foram ensinadas a fazer o contrário:

Procure reparar e tratar o medo do seu cão assim que perceber que ele existe. Muitas vezes, principalmente com filhotes, as pessoas esperam que com o tempo o peludo fique mais corajoso, aprenda a lidar ou acostume com aquilo que teme. Mas geralmente, quando se trata de medo, o contrário acontece: quanto mais o tempo passa, mais o medo se agrava, sendo muito mais difícil atenuar depois que o cão já teve muitas experiências negativas.

Não obrigue o cão a enfrentar seus medos à força. Algumas pessoas incentivam o cão a se aproximar de algo assustador, muitas vezes até levando no colo ou puxando o cão nessa direção, com a intenção de que ele percebe que não há o que temer, mas na cabeça do cão, o dono está literalmente jogando-o em direção ao perigo. Dependendo do cachorro, em vez de dessensibilizar, isso pode sensibilizar ainda mais, causando um trauma.
Pense numa pessoa que tem fobia de aranhas; por acaso ser obrigada a segurar uma aranha, por menor que ela seja, vai ajudá-la a gostar desses bichos? O que pode acontecer é a pessoa “congelar” e perder a capacidade reativa, mas não significa que ela esteja curtindo a situação. O mesmo acontece com os cães; param de reagir se expostos a algo, mas não aprendem a gostar. Portanto, nunca force um cão medroso a se aproximar do que ele tem medo, mas guarde uma distância na qual o pet sinta-se seguro o suficiente para olhar o objeto. E principalmente, fique com ele, elogie, agrade-o e mostre para ele que está tudo bem, sempre de forma positiva e alegre. O tom de voz tem um poder enorme nessa hora, e é importante permanecer calmo e controlado, para ajudar o pet a se controlar. Petiscos também ajudam a associar o estímulo ruim com algo positivo.

Observe as pequenas reações do seu cão, pois elas indicam o grau de estresse que ele está sentindo. Muitos tutores falham em reparar nesses detalhes, e quando dão por si, o peludo já está esperneando, tentando fugir, ou ainda latindo e rosnando tentando se defender. As expressões de medo clássicas, como enfiar o rabo entre as pernas e colar as orelhas à cabeça já são conhecidas, mas lamber rapidamente o nariz, desviar o olhar, sentar-se de costas ao estímulo, farejar compulsivamente o chão (sem que haja algo interessante lá) ou bocejar (sem estar com sono) estão entre os comportamentos que indicam ansiedade ou estresse, e podem indicar que o cão está numa situação onde possivelmente se assustará ou reagirá. Se entendemos e atuamos diante desses sinais, retirando o cão da situação, evitamos o susto, e o cão sentirá mais confiança nas pessoas e a certeza de que está protegido.

– Falando em evitar, é muito importante evitar, sempre que possível, que o cão passe por sustos e medos desnecessários, como por exemplo, cães que tem medo de trovões em temporadas de chuva, onde o ideal é que já fiquem em ambiente interno, de preferência com algum isolamento do som (ou mesmo uma TV ou rádio ligado encobrindo os barulhos externos). Muitas pessoas pensam que devem deixar que o cão lide com alguns medos sozinho, pois acreditam que naturalmente o pet entenderá que não há nada a temer – esse conceito errado acontece principalmente com cães que tem medo de outros cães, e são soltos em parques ou cachorródromos na esperança de “sociabilizar”. Mas, assim como em pessoas, muitas vezes o medo é quase “irracional”, e não é possível controlá-lo, mesmo que seja uma situação corriqueira ou rotineira. Portanto, é preciso evitar que o cão passe por situações assustadoras sozinho, estando presente quando elas acontecerem para poder controlar, na medida do possível.

Paciência é a chave do sucesso

E acredito que o conceito mais importante para lidar com o cãozinho medroso e tratar esse problema tão difícil, é ter paciência. Com o treino adequado, o cão vai evoluir na velocidade dele, e não existe receita ou mágica que possa acelerar o processo. Muitos casos até nos supreendem durante o adestramento, onde cães muito medrosos se tornam calmos e confiantes rapidamente, porém na maioria das vezes, o treinamento de um cão muito medroso pode ser demorado. E em muito casos, o cão não vai se tornar o bichinho mais confiante do planeta, mas pode sim melhorar muito sua qualidade de vida, conseguindo ser sociável e ter uma vida mais normal, com algumas limitações. Basta ter persistência, compreensão e muito amor para ajudar o peludo!

*** Por Juliana Nishihashi, Adestradora e Consultora Comportamental da Cão Cidadão

Aprenda a fazer um petisco de bacon

Petisco de bacon. (Foto: Divulgação)
Petisco de bacon. (Foto: Divulgação)

Na última semana, recebi um e-mail muito bacana. O setor de marketing do site Westwing, especializado em decoração, entrou em contato comigo para divulgar um e-book que produziram com receitinhas super especiais para os peludinhos. O livro se chama “Cookies para Cães: Um Mimo para seu Melhor Amigo”, e as receitas indicadas por quem entende e gosta muito de cachorros, como o especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, o pai da Estopinha, e a Juliana Bechara, proprietária da La Pet Cuisine.

Hoje vou divulgar aqui uma das receitas do livro, o Petisco de Bacon, produzida pela Denise Debiasi, dona da Lolipet e mãe da Lolita. Infelizmente não pude produzi-la, como gosto de fazer com as receitas que publico, porque a DJ, que está em tratamento contra um câncer, não pode comer alimentos fora da sua dieta, mas tenho certeza que seu filho cão vai amar o petisco. Me contem se fizerem, ok? 😉

Então, vamos lá à receita:

Ingredientes
– 1 1/2 xícara de farinha de trigo integral
– 1 1/2 xícara de gérmen de trigo
– 1 1/2 xícara de gordura de bacon derretida
– 1 ovo
– 1/2 xícara de água fria

Modo de fazer
Primeiro, pré-aqueça o forno a 150 graus. Misture todos os ingredientes. Se a massa estiver muito mole coloque mais farinha, se estiver muito dura, coloque mais gordura. Abra a massa e corte. Coloque para assar em uma forma revestida por papel manteiga. Deixe no forno por 10 minutos. Esfrie a massa. Os biscoitos podem ser mantidos em temperatura ambiente.

 

O único defeito de um cão é ter a vida muito curta

 

Nessa última quinta, dia 9 de julho, passei pela primeira vez pela experiência de perder um filho cão. O Ozzy, meu peludinho mais velho, foi para o plano superior após sofrer uma forte convulsão. Não há palavras para descrever a dor de se despedir de um cachorro, tristeza, amargura e uma saudade antecipada foram foram os primeiros sentimentos que tomaram o meu coração. Depois, aos poucos, você começa a assimilar melhor a situação e é confortada pela certeza de que fez o melhor por ele até o último minuto.

O Ozzy já vinha bastante doente havia alguns meses. Eu contei no post “Quando a velhice chega” que ele passava por um tratamento intensivo para melhorar a função renal. Na última quarta, porém, ele sofreu uma forte convulsão muito provavelmente, segundo os veterinários, provocada por um excesso de creatinina no sistema sanguíneo. Quando os rins não estão funcionando bem a filtragem da creatinina é comprometida. Isso quer dizer que boa parte da enzima produzida não será excretada na urina, permanecendo no sangue. Altos níveis de creatinina podem ocasionar, então, uma convulsão.

Ele foi prontamente atendido no hospital veterinário da Universidade Metodista e passou por procedimentos para reverter a convulsão. Foi sedado, mas após algumas horas, quando saiu da sedação, os veterinários concluíram que ele voltou a convulsionar. Transferido para um hospital 24 horas, o Ethicus, em São Caetano, foi novamente medicado, mas infelizmente todas as funções do organismo já estavam comprometidas e ele partiu por volta das 14 horas de ontem.

O Ozzy na nossa família – Como falei acima, o Ozzy foi meu primeiro cachorro. Lembro-me claramente do dia em que eu e a minha irmã chegamos em casa com aquela bolinha dourada no colo, apresentando-o como novo membro da família. Inicialmente mal visto, logo ele se tornou o xodó da casa. Dormia no quarto, ganhava milhares de Biscrocks, tinha brinquedos, passeava. Recebia tudo o que um peludinho tem direito.

Ele sempre teve algumas doenças, algumas características dos cockers como otite e também hipotireoidismo e doença de pele. Nunca deixamos de tratá-lo e, seguindo a obrigação que todos os tutores têm, prolongamos a vida dele com a melhor qualidade possível.

Infelizmente, porém, eles se vão muito cedo e ontem concluí que máxima está certa:  “O único defeito de um cão é ter a vida muito curta”.

*** Leia aqui a biografia do Ozzy <3