O Toddy

Oi, tenho beleza (Crédito: Inovatto Studio)

Era Natal de 2011 e eu estava dando um rolê na praça com uma cadelinha. Ela era até bacaninha, a gente vivia junto e tal, mas, de repente, nesse dia vi aquela que poderia ser a cadelinha da minha vida: magrinha, pelos com luzes, um olhinho caído que parece sempre piscando. Gamei! Ela estava com o pai dela, e logo fui me aproximando para tentar trocar uma cheiradinha com a gata, ops cachorra. Fui insistente, eles andavam para um lado, eu ia atrás, eles andavam para o outro, eu seguia. Não tive muito sucesso nessa aproximação, e logo a gata entrou no prédio.

Pensei, vou dar uma insistida, ficarei aqui no portão, vai que ela volta. Gente, foi minha sorte. A mãe dela me viu pela janela e quis logo que eu entrasse. Ela desceu com uma coleira na mão e achei ela meio louca. Queria ficar com a mina, mas também não poderia aturar uma sogra “felícia”. Porém, logo apareceu o pai da gata, fui com a cara dele, e aceitei o convite para ser colocado na coleira e entrar.

Fiquei muito feliz. Logo de cara, vi a gata linda, mas ela não quis papo comigo. Ela já era cadastrada, sabe? E ficava muito brava com o meu “chegar, chegando”. Aí, veio uma parte difícil, o pai e a mãe da gata disseram: “Oh, você pode ficar aqui, porém como irmão da DJ”. Foi duro, mas aceitei e tive que passar uma temporada na casa do vovô para ser castrado e aceitar o fato de que sou irmão da cadelinha mais linda desse mundo.

Hoje vivo aqui com ela, o papito, a mommy e o branquelo chato do Theo. Não sei qual é a necessidade desse cara aqui, mas tudo bem, né, família é assim mesmo. Mas vivo mostrando pra ele quem manda na casa. Faço bullying mesmo, fungo no cangote, subo nas costas, lato no ouvido dele. Ele é bobão, tem medo de mim.

Também gosto muito de cuidar da minha beleza. Ponho roupinhas e cachecóis lindos que a mommy compra. O pessoal diz que já sou lindo naturalmente, mas não custa dar um tapa no visual ;-).