Sorteio calendário Celebridade Vira-Lata

celebridadeOlá, fãs e leitores do Meu Filho Cão, é com muita alegria que anuncio a terceira edição do sorteio do Calendário Celebridade Vira-Lata. Nesse ano, vamos sortear dois calendários de mesa da edição 2016.

Para participar é bem fácil, basta preencher o formulário abaixo até domingo (13) às 13h. Ainda no domingo, faremos o sorteio e anunciaremos os dois vencedores aqui no blog. Só vale uma inscrição por pessoa, ok? Logo depois, entraremos em contato com os ganhadores por e-mail para pegar os respectivos endereços. As respostas com os endereços têm de ser enviadas até terça (15), caso contrário, faremos um novo sorteio na quarta.

Vamos lá, tenho certeza que vocês vão adorar esse calendário cheio de vira-latinhas lindos!

Theo com nosso exemplar de parede :-)
Theo com nosso exemplar de parede 🙂

A história do calendário – O calendário Celebridade Vira-Latas nasceu da vontade de um grupo de pessoas de mudar a perspectiva dos animais abandonados do nosso país. Com renda destinada à realização de mutirões de castração de cães e gatos carentes, em quatro anos de existência as vendas do calendário já beneficiaram mais de 5.100 animais diretamente e mais de 7.200 se considerarmos apadrinhamentos – o que significa mais saúde tanto para eles quanto para a sociedade, além de milhões de animais a menos nas ruas.

Se você quiser ajudar esse excelente projeto comprando o calendário acesse: http://www.celebridadeviralata.com.br/loja-virtual-2016/

Os peludinhos agradecem!

Cuidado com comedouros de plástico

Me recuso a comer nesse pote. Humpf!
Me recuso a comer nesse pote. Humpf!

 

Há algumas semanas, fiquei assustada quando ao voltar de viagem percebi que a DJ estava com hematomas em volta da boca, que haviam provocado a perda de praticamente todos os pelos da região. Inicialmente, pensei que se tratava de efeito colateral da quimioterapia, mas estava errada, na verdade era uma alergia a um novo pote de plástico que havia comprado para ela.

O diagnóstico certeiro foi de uma das veterinárias oncologistas que tratam do câncer que ela enfrenta. Ao examinar as feridas, de cara ela me perguntou: “Você trocou o pote dela há pouco tempo?”.

Sim, havia trocado fazia pouco tempo. A DJ e os irmãos sempre comeram em potes de plástico. E numa dessas idas e vindas da casa do vovô eu perdi todos eles (não me perguntem como). Fato é que resolvi comprar novos comedouros, todos de plástico novamente.

Para sanar o problema da minha peludinha até que foi fácil, pomada à base de desoximetasona por uma semana e a troca do comedouro por um de cerâmica.

Materiais dos comedouros – Fato é que, muitas vezes, somos surpreendidos por elementos que nem sonhamos que possam fazer mal aos cachorros. No caso do plástico, a alergia pode aparecer em qualquer momento da vida do animal, mesmo que ele já tenha tido contato com o material antes. O caso da DJ.

Além de dermatites, acabei descobrindo pelo ótimo blog Cachorro Verde que comedouros de plástico ainda apresentam outros perigos. Por exemplo, se lavado com água fervente, uma forma comum de se matar bactérias, o plástico libera BPA (Bisfenol A), um composto orgânico associado ao diabetes, câncer de mama, baixa contagem espermática e doenças crônicas.

Outros estudos ainda apontam que o plástico, que tende a se dissolver na presença de água e outros líquidos, também resulta na ingestão contínua de petroquímicos.

Estudos mostram que o plástico tende a se dissolver na presença de água e outros líquidos, o que resulta em ingestão contínua de petroquímicos.

Para saber mais sobre materiais de comedouros e bebedouros, leia esse artigo do Cachorro Verde.

Produtos gringos que poderiam chegar aos pet shops brasileiros

 

Em agosto, eu estive em Nova York e, como não poderia deixar de ser, fui a pet shops americanos para conferir quais são as ofertas de produtos para cachorros por lá. Fiquei feliz ao observar que já estamos bem avançados no quesito variedade. Boa parte dos itens oferecidos por lá já são encontráveis no Brasil, especialmente nas grandes redes aqui de São Paulo, como Cobasi e Petz. Mas, claro que como eles são lançadores de tendência há algumas coisas que ainda não encontramos por aqui e pude conferir que, principalmente, na área de alimentação ainda temos que avançar em diversidade.

Bem, lá eu fui à Petco e à Petsmart, duas grandes varejistas do setor pet norte-americano. O que, sem dúvida, mais chamou minha atenção foram as geladeiras de comida fresca. Por lá, os pais e mães de cachorro que não querem oferecer refeições industrializada têm vida muito mais fácil do que aqui no Brasil. Um exemplo são os produtos da marca Freshpet: refeições de carne bovina com espinafre e cranberries, de frango com couve e batata doce, de cordeiro com vegetais, de salmão com cranberries, espinafre e mirtilo e por aí vai.

Além da popularização das refeições naturais, nos EUA também há mais variedade de comida industrializada. Há patês de carne e frango, claro, mas também à base de carne de salmão, de porco, de coelho e até de búfalo :-O. Em termos nutricionais é possível encontrar rações sem glúten, sem grãos e orgânicas.

Petisco para remédio – Se em termos de refeições já há variedade, imagine o número de petiscos diferentes. Só na Petco contei mais de 100 combinações de sabores diferentes. Muita coisa, né? Além dos petiscos embalados, as lojas também vendem biscoitinhos a granel. É bonitinho, parece uma loja de doces canina. Comprei só alguns porque devem ser muito calóricos, mas, obviamente, que a galera amou e queria mais *rs*.

Um petisco que me arrependi de não ter comprado ao menos para testar foi um que você usa para esconder remédio. Ainda sem conhecer o produto, havia comentado com o meu marido que para nós super facilitaria para dar remédio a DJ, que está em tratamento contra um câncer e toma muitos medicamentos, mas acabei esquecendo. Fuén! Vocês acreditam que há esse tipo de petisco para cápsula e comprimidos? Os caras sabem mesmo enxergar as necessidades dos clientes.

 

Outra seção a qual me dediquei foi a dos brinquedos. Fui com a indicação da amiga Mariana Moreira, mãe da Pucca e da Winky, para comprar um brinquedo chamado Squeenez. Segundo ela, trata-se de uma pelúcia praticamente indestrutível que as schnauzers dela amam (veja vídeo acima). Ainda não testei com a minha cãobada, quando rolar conto para vocês. Eu também comprei uma outra pelúcia gigante que eles A-M-A-R-A-M e já destruíram *rs*.

Uma coisa que observei nas lojas foi a variedade de brinquedos da marca Kong. A gente já falou sobre esse produto aqui, trata-se de um brinquedo que todo cachorro deveria ter, diverte e estimula vários sentidos caninos. Notei que há também uma bastante opção de quebra-cabeças caninos, brinquedos que prometem desafiar bastante a inteligência dos dogs.

Foi isso. Infelizmente, tive pouco tempo e não pude me aprofundar mais. De qualquer forma foi muito válido conhecer uma indústria mais desenvolvida voltada para proprietários que estão em um nível mais avançado no cuidado com os pets.

Toddy e Theo aprovam delícias de feira gastronômica pet

Toddy com a proprietária da Loja do Prejuízo, Ana Carolina Sanches
Toddy com a proprietária da Loja do Prejuízo, Ana Carolina Sanches

 

Oie, queridos pais e mães de filhos cães, voltando aos posts após as férias. São tantas coisas pra escrever: feira gastronômica pet, o que eu vi nos petshops dos EUA, problemas com comedouros de plásticos. Enfim, tomara que eu consiga escrever tudo rapidinho. Mas vamos começar pela Feira Gastronômica Dog & Cat Gourmet, que eu fui neste último domingo (30) com o Toddy.

Foi muito bacana, eu e meu filhote tivemos a oportunidade de conhecer novas empresas de alimentação natural, produtinhos artesanais fofos e serviços de hospedagem. Entre as empresas de comida estavam a Cãolinária, Panela da Bela, Pet’s Pic Nic, Dog Beer, Gemon e Tempero Pet.

O primeiro estande que visitamos foi o da Gemon. Trata-se de uma marca italiana que chega ao Brasil com uma linha de rações úmidas nos sabores atum e camarão, cordeiro com galinha d’angola, fígado de frango, salmão com camarão, entre outros sabores. Uma simpática atendente tentou oferecer um pouquinho pro Toddy, mas ele ainda estava muito doidão com tanta novidade e não aceitou.

Logo depois fomos à Tempero Pet. A proposta da empresa é oferecer refeições com cara de comida caseira. Há cardápios já montados para cães saudáveis: tropeirinho de carne com batata doce, picadinho de frango com arroz integral, temperinho light de peru com legumes e cordeirinho na moranga. O Toddy experimentou o de frango. Inicialmente, ele cheirou e não comeu, mas foi só eu colocar uma porção na mão que ele devorou tudo. Menino experto, só come se for a mãe que der <3.

Além dos cardápios fixos, a Tempero Pet também oferece a possibilidade de montar refeições de acordo com as necessidades nutricionais do cão. Como, por exemplo, refeições para cachorros que têm alergias, que precisam perder peso ou com problemas renais, por exemplo.

Depois da Tempero Pet foi a vez de conhecermos as delícias da Pet’s Pic Nic, que faz petiscos com ingredientes naturais. O Toddy simplesmente adorou o de carne com espinafre e arroz integral. Ainda há na relação de produtos da empresa petiscos de frango com batata doce, frango com morango, stick de frutas e muffin de amora.

À esquerda, prato de frango da Tempero Pet. À direita, Theo aprova petisco da Pet's Pic Nic
À esquerda, prato de frango da Tempero Pet. À direita, Theo aprova petisco da Pet’s Pic Nic

 

Infelizmente, por falta de tempo, não conseguimos passar na Panela da Bela e na Cãolinária, mas, certamente, não faltarão oportunidades pro sommelier Toddy provar os produtos de ambas.

Ah, e também tinha a cerveja para cachorro Dog Beer, que já falamos nesse post.

Acessórios e roupinhas – Como disse acima, além de comida pet, também havia expositores de roupinhas e acessórios. Consegui ver rapidamente as lindas bandanas da Estilo Peludo. Todas com estampas xadrez em cores vivas.

O estande em que mais demoramos foi o do Café Prejuízo. Já faz algum tempo que acompanhamos as histórias dos maraviosos das streets, Café e Django, e fiquei muito feliz quando a mãe deles, a estilista Ana Carolina Sanches lançou a coleção de roupinhas com tamanhos grandes, especialmente pensada para os vira-latinhas.

Eu acho impressionante a falta de roupinhas para cachorros grandes e isso não é só no Brasil. Já comprei camisas da China XG que mal cabiam na pata dos meus filhos e nos dois maiores petshops dos EUA, a oferta de roupinhas grandes é ridícula.

A grande sacada da Ana Carolina, além de investor nos tamanhos grandes, foi criar roupas fashion, com estampas divertidas, e que não custam os olhos da cara, pois vamos combinar as peças que achamos no Brasil são, em sua maioria, sem graça e muito caras.

Bem, claro que comprei uma roupinha, a de pug <3. Muito fofa. Também adquiri uma caminha nova pra DJ (espero que ela não destrua :-/), bem bonita e confortável. Ela amou!

Hora do passeio! Diversão ou… tortura?

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Para passear, o Theo usa uma coleira tipo cabresto, uma das recomendo

Mas o pior é que para muitos tutores isso é verdade. Só de pensar em passear com o peludo, já sentem dor no braço, nas costas, a palma da mão queimando da guia, os puxões, etc. Haja condicionamento clássico nessa hora!

(Explicando o que é isso, pois isso vai ajudar a entender os problemas de passeio: de forma simples, condicionamento clássico acontece quando duas situações distintas, mas que acontecem ao mesmo tempo, acabam disparando uma reação automática do ser – pessoa ou animal – um “reflexo condicionado”)

Então, o que podemos fazer para treinar o cão e tratar os problemas no passeio – e enfim, mudar esse condicionamento, de algo terrível para algo prazeroso?

Primeiro, não vamos treinar o cão quando ele já está totalmente fora de controle. Uma adestradora que gosto muito diz a seguinte frase: “Não dá pra gente ensinar álgebra numa montanha-russa”. Ou seja, não dá pra tentar ensinar nada para alguém durante uma situação tensa, estressante, estimulante. Precisamos começar do básico, do mais fácil pro mais difícil. 

Comece em casa – Vamos começar diariamente, dentro de casa e mostrando pra cachorro como o passeio deve acontecer: de coleira e guia, posicione o cachorro do seu lado, onde a guia esteja frouxa (não tensione nem encurte a guia); dê dois passinhos, e se o cachorro acompanhar com a guia frouxa, dê um petisco para recompensar. Começe na sala, vá até a cozinha, se ele continuar focado em você e no petisco, começe a ir para fora. Se ele ficar muito excitado, retroceda. Esse passo vai ensinar para o cão duas coisas importantes: a posição que ele deve ficar durante o passeio, e que não há motivos para ficar totalmente descontrolado cada vez que coloca a coleira, pois essa é uma situação totalmente calma e corriqueira. 

Lembra do condicionamento clássico? Ele aparece nesse passo inicial do passeio, ou seja, na saída. O cão já está tão condicionado a sair maluco e puxando a guia no passeio, que só de vestir (ou olhar!) a coleira, já fica doidão e sai do controle. Por isso, esse passo precisa ser feito com paciência, para começarmos a alterar o comportamento.

Realizado esse passo, passamos agora para a rua – horário calmo, sem muitos estímulos. Faça o mesmo processo acima, só que agora vai ser mais complicado, pois na rua há mais distrações. 

Por isso, o ideal é treinar com o cão num momento onde ele esteja com apetite e levando um petisco irresistível. Use o horário da refeição e a própria ração, por que não? 

Já na rua, se o cão começar a puxar para chegar em algum lugar, use a frustração – simplesmente pare imediatamente de andar. Dica importante: cole a mão que segura a guia junto ao corpo, assim, quando parar de andar, o cachorro não vai ganhar nem um centímetro a mais do seu braço sendo esticado! Será ainda mais frustrante para ele realizar o puxão. 

Aguarde o cão se tocar: “Pô, que saco! Por que ele parou?”. Quando o cão afrouxar a guia, olhando de volta para você, volte a andar. Se ele não se tocar, dê uma ajuda – bata na perna, chamando-o e colocando-o de volta na posição certa, e aí continue o passeio. Outra dica boa é simplesmente virar para o lado oposto ao que o cão puxou. Teste e veja o que funciona com o seu cão, pois não tem “receita de bolo” que funciona igual para todos nessa hora.

Quando o cachorro estiver andando do seu lado com a guia frouxa, ELOGIE MUITO!! Fale com ele, dê o petisco, e deixe que ele faça algo que goste muito – cheirar uma moita, marcar com xixi, cheirar outro cão, brincar com uma pessoa. É desta forma que nos desvencilhamos do petisco como recompensa, usando reforços ambientais (a médio prazo, ok? No começo, 

No começo, o “passeio” vai ser super curto, pois será mais um treino do que lazer. 

Outras orientações muito importantes que precisam ter em mente ao passear com um cão:

Use as ferramentas adequadas. Muitas vezes o treino não dá tão certo por conta das ferramentas. Minha coleira favorita é a peitoral de treino: ela controla o cão sem enforcar ou apertar, facilitando a frustração quando o peludo puxa, pois a guia prende na frente então nas costas. Outra que gosto muito é o cabresto, indicada para cães fortes, que além de puxar no passeio, são agressivos – aliás, agressividade será tópico de outro artigo! AGUARDEM! Coleiras de pescoço também podem ser boas, mas em cães que puxam muito podem machucar, costumo utilizar no caso de cães mais fracos, que cheiram o tempo todo, pois não é necessário usar muita frustração ou força. Enforcadores são polêmicos, eu prefiro evitá-los pois as chances de machucar o cão são grandes, principalmente com pessoas inexperientes. As guias, sempre de material resistente, bem costuradas (não coladas!!), de 1m a 1,5m de

Preste atenção no cachorro!! Ninguém gosta de ser convidado para sair, e no meio do passeio ser ignorado pelo amigo, certo?! Acontece o mesmo com o cão: chamamos o peludo pra passear, e 5 minutos depois estamos no celular, sem olhar pro cão. É claro que ele vai puxar a guia e decidir para ir, afinal, o companheiro de passeio é um tédio! Passeio é um momento de conexão e diversão mútua, então olhe para o cão, fale com ele, elogie quando estiver educado, leve-o para cheirar e fazer xixi sem que ele precise puxar. Muitas vezes, só isso já faz o passeio ser mil vezes melhor.

Seja persistente e criterioso. O cão puxou a guia pra chegar no poste? O passeio pára e ele não consegue chegar lá. O cão está educado andando junto? Dê alguma recompensa! TODAS AS VEZES. Se formos variáveis, o cão não entenderá exatamente o que estamos ensinando.

Passeie todo dia! É muito difícil para o cachorro não ficar ansioso para sair se ele só sai 1 vez por semana! Então, uma das formas de acalmar o cão é criando a rotina de sair diariamente – e também porque assim temos condições de treinar um pouco todo dia, e porque atividade física diária é item obrigatório para o bem estar canino.

Dá um bom trabalho, mas vale a pena! Com o treino, passear com o cão vai ficar tão prazeroso, sua relação com o peludo vai melhorar tanto, que você vai ficar tão feliz quanto seu cachorro quando vir a coleira!

*** Por Juliana Nishihashi, Adestradora e Consultora Comportamental da Cão Cidadão