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Receita de petisco de banana com aveia

Biscoitos de aveia e mel
Biscoitos de aveia e mel

Neste sábado, resolvi dar um agradinho aos meus filhotes: preparei um petisco de banana com aveia. Me baseei na receita de um biscoitinho do site Cachorro Verde, referência em alimentação natural, mas dei uma pequena adaptada com os ingredientes que dispunha.

Foi um sucesso! O biscoito fica bem crocante e sequinho. O Theo, principalmente, adorou.

Bom, vamos à minha receita. Se você quiser acessar a original, clique aqui.

Ingredientes:

– 3 bananas prata pequenas
– 1 ovo
– 1 colher de sopa de margarina
– 2 colheres de sopa de mel
– 1 xícara de aveia em flocos
– 3 xícaras de farinha de aveia

Modo de fazer

Misture numa vasilha as bananas, o ovo, a margarina, o mel e a aveia em flocos. Use uma colher para mexer bem, principalmente, a banana, para que ela fique bem espalhada por toda a massa. Depois vá juntando aos poucos a farinha e use as mãos para chegar ao “ponto”, que é quando a massa desgruda dos seus dedos. Em seguida, jogue um pouco de farinha na mesa e abra a massa com um rolo. Procure deixá-la com uma espessura mediana, não muito fina para que os biscoitos não fiquem duros. Use um cortador de biscoitos para separar os petiscos. Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus e deixe assar até que fiquem douradinhos e sequinhos. Aqui em casa, os biscoitos ficaram 30 minutos no forno.
Quando esfriar, ponha em uma vasilha com tampa ou num saquinho. Eles podem ser consumidos por até 10 dias.

Etapas da produção do biscoito
Etapas da produção do biscoito

 

O desaparecimento de Zôe e a importância da identificação

Um dos panfletos sobre o desaparecimento de Zôe
Um dos panfletos sobre o desaparecimento de Zôe

Pode-se afirmar que Zôe teve sorte na vida ao encontrar alguém que a acolhesse. A legítima vira-lata apareceu no portão da Marcia Cappi, assessora de capacitação em saúde, para brincar com as outras cadelas que ela já havia adotado e acabou também entrando para a família.

Essa bonita história, que começou em janeiro de 2011, transformou-se em pesadelo pouco mais de um ano depois. Em abril de 2012, a mãe de Zôe, então com dois anos, resolveu levar a filha a um veterinário na Zona Leste de São Paulo para um hemograma juntamente com outra cachorra de rua que seria castrada.

Marcia explica que como mora em Guarulhos, cidade da região metropolitana de São Paulo, sempre aproveitava a viagem ao vet para levar, ao menos, duas cachorras. “Era véspera de feriado de Páscoa, eu trabalharia só meio período, então, o combinado era deixar na clínica de manhã e pegá-las à tarde”, conta.

Após um hora, veio a notícia desesperadora, Zôe havia fugido pela janela do banho e tosa e não conseguiram alcançá-la. “Eu nem tinha chegado ao meu trabalho e voltei para a clínica na hora”, diz.

Outro panfleto distribuído
Outro panfleto distribuído

No dia do desaparecimento, a mãe de Zôe andou de carro por toda região do córrego onde disseram que a cachorra havia pulado. Chegou até a entrar e andar por 3 km. O feriado inteiro foi de buscas. Ela também distribuiu cerca de 15 mil panfletos e informou o desaparecimento em vários sites e páginas do Facebook. Após um ano, até conseguiu uma reportagem sobre Zôe na TV Record.

Márcia admite que aprendeu da pior forma possível a importância da plaquinha de identificação. Hoje ela mantém seus seis cachorros com coleira e identificados. “Somos nós que temos que nos antecipar às possibilidades de fuga. Muitos casos são de cães que saem para dar a famosa voltinha e certo dia não voltam”, diz.

Quanto custa – Numa rápida busca no Mercado Livre por “plaquinha de identificação gravada”, dá para encontrar produtos a partir de R$ 9,90. A placa de metal também é facilmente encontrada em pet shops, até nos menores.

Se você não quiser comprar a placa, uma alternativa é usar aqueles chaveiros plásticos que têm etiqueta de identificação. Claro, você também terá de comprar uma coleira de pescoço, mas o investimento vale a pena. Acreditem.

Identificação é fundamental para a segurança
Identificação é fundamental para a segurança

Baseada na terrível experiência, Marcia dá outras dicas para os pais e mães de cachorro como, por exemplo, redobrar a atenção durante eventos com fogos de artifício. “Nas festas de fim de ano, por causa dos rojões, muitos animais acabam escapando de casa, fugindo por desespero. Não adianta, temos que protegê-los”, afirma.

Ela também dá um alerta aos donos de cães das raças yorkshire, lhasa apso, shih tzu e maltês. “Tem aumentado o número de roubos. Se o quintal da casa for de fácil acesso, evitem deixar o peludo sozinho”, ressalta.

E, caso o pior aconteça, a mãe de Zôe aponta alguns mecanismos de buscas que podem funcionar. No Facebook, ela indica as páginas Peludos Desaparecidos, Cães Achados ou Pedidos e Pets Achados & Perdidos. Entre os sites: Procura-se Cachorro, Procure 1 Amigo, Cachorro Perdido e PetPista.

Outras duas recomendações são contratar um carro de som, que, segundo Marcia, dá mais certo logo após a fuga e até um detetive. “Quando eu liguei para um, após três meses do desaparecimento, ele me perguntou a raça e há quanto tempo tinha desaparecido. Ele, então, disse que era muito difícil encontrar. E eu respondi: ‘Para Deus, nada é impossível'”.

Após dois anos, ela ainda não perdeu a esperança. “Em abril de 2014, já são dois anos sem minha Zôe. E eu não desisti de encontrá-la”.

A gente também não, Marcia, e torce muito para que você volte a ter a sua filha.

Após o susto, a conscientização sobre o comando “vem”

Obrigada, São Francisco, por proteger os cachorrinhos medrosos. Farei minha parte agora
Obrigada, São Francisco, por proteger os cachorrinhos medrosos. Farei minha parte agora

Talvez tenha sido o maior susto da minha vida. No último sábado, meu branquelo medroso, o Theo, ao ver um cachorro estranho, escapou da coleira em uma rua próxima à rodovia dos Imigrantes, em São Paulo.

Sabem aquela cena de terror, quanto mais você corre atrás do cachorro mais ele corre para longe? Foi o que aconteceu. Felizmente, não ocorreu nada grave. Certo momento, ele parou para latir para um cão que estava dentro de uma casa e eu consegui alcançá-lo. Mas minhas pernas tremem até agora ao descrever a cena.

Acho que cometi dois erros fundamentais. Um deles foi não ter apertado o peitoral suficientemente. O Theo não costuma andar com esse equipamento. Ele usa diariamente a gentle leader, que já comentei nesse post. Porém nesse dia, eu o levei de carro à casa do meu pai e para prendê-lo no veículo só usando o peitoral.

Fato é que o equipamento não estava apertado corretamente. Quando ele vê outro cachorro, realmente, fica ensandecido, pulando e latindo. O que ocorreu: o peitoral saiu pela cabeça, e, em seguida, ele correu em disparada pela rua. Como disse, trata-se um cachorro medroso, que quando ele vê um cão desconhecido quer fugir a qualquer custo.

Bem, o outra falha grave e que vai demandar mais trabalho da minha parte é ensinar para ele o comando “vem”. Logo após o susto, veio à minha cabeça as palavras da adestradora da DJ e do Toddy, sobre a importância dele. Ela me disse certa vez que é preciso ensinar o “vem” para que o dono tenha segurança de que o peludo vai voltar ao ser chamado.

Eu nunca ensinei o “vem” ao Theo. Sempre fiquei focada em melhorar o problema do medo dele e não imaginava que essa situação de fuga pudesse ocorrer. Erro imperdoável que já comecei a consertar.

Para ensinar esse comando é relativamente simples. A DJ e o Toddy foram ensinados assim: bastar bater as duas mãos vigorosamente nas pernas e dizer “vem, fulano”. Quando ele chegar perto de você, faça festa e recompense com petisco.

O problema é que muitas pessoas usam essa palavra para momentos ruins, como, por exemplo, tirar o peludo do sofá ou da cama. Se você já utiliza o vem nessas situações, pode substituir por “aqui”.

Com o Toddy e a DJ, comecei ensinando esse comando dentro de casa. Depois, com o auxílio da guia longa, segurando ou com ela amarrada a um árvore, treinei na rua.

Abaixo, um videozinho do primeiro treinamento de “vem” com o Theo.

Perfis dos meus filhos cães

Por sugestão da Claudia Silveira, amiga e leitora, publiquei a história dos meus quatro filhos cães: Ozzy, DJ, Toddy e Theo. Lá no comecinho do blog já havia escrito um post com um pequeno perfil de cada um. No entanto, realmente, essas informações tinham ficado perdidas, e eles mereciam bem mais. As páginas vão ficar do lado direito da página, na seção “Meus filhos cães”, mas se você já quiser conferir as histórias dos meus peludos, deixo aqui embaixo o link de cada um dos perfis.

Ozzy

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O primogênito, que chegou de repente e virou o companheiro do vovô.

DJ

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Minha única menina que estava bem doente quando foi resgatada

Toddy

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O galã que faz sucesso por onde passa

Theo

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O caçulinha medroso

Jim, um cachorro idoso que teve a sorte de ser adotado

O Jim!
O Jim!

São cerca de 20 milhões de cães perambulando pelas ruas do Brasil, diz a Organização Mundial da Saúde. E apesar de estarmos evoluindo na conscientização sobre a importância da castração e as vantagens de se adotar um animal abandonado, muitos morrerão antes de chegar à idade adulta. Bem, se as chances de um adulto ser adotado são pequenas, qual é a probabilidade de um cachorro idoso encontrar um lar? Não achei nenhuma estatística sobre isso, mas, pela experiência relatada por centros de zoonoses e ONGs, ela é quase nula. Pois um cachorrinho do meu bairro, na Zona Sul de São Paulo, foi na contramão das estatísticas e teve a sorte de ser resgatado.

A história desse cão, que foi batizado de Jim, começa a mudar no final da tarde de 20 de dezembro do ano passado. Deitado em um colchão de solteiro no final de uma rua sem saída, ele foi avistado pela minha vizinha Maria Aparecida Iesbik , mãe de outros dois legítimos vira-latas: o Ozzy e a Miucha. “Quando vemos um cachorro perambulando pelas ruas, a primeira coisa que nos vem à mente é o abandono, embora num primeiro momento preferimos acreditar que não, ele pode estar perdido. Então, seguimos nosso caminho e ele segue o dele, mas esse não estava por aí, ele já se encontrava prostrado”, diz Maria Aparecida.

Nos dias que se seguiram, o cãozinho continuava no mesmo lugar, e no dia 23 já com o coração apertado, ela tomou a decisão, no dia seguinte iria resgatá-lo. Assim foi feito, com uma coleira e umas folhas de jornal, conseguiu pegá-lo e não houve resistência. “Veio comigo numa boa, olhar triste e rabo entre as pernas”, conta.

As costas do cachorrinho já quase não tinham pelos, e Maria Aparecida imaginou que se tratava de sarna, mas eram pulgas, inúmeras. “A veterinária diagnosticou alergia à picada de pulga que, aliás, ele tinha pra quem quisesse ver”. Ainda na consulta duas informações que surpreenderam: o cão tem por volta de 12 anos e sofre de sopro no coração. “Os dentes dele estão muito ruins, não é castrado e tem sopro no coração. Todas essas informações me deixaram um pouco apreensiva, mas em nenhum momento eu senti arrependimento. Faria tudo de novo”, afirma.

Logo que chegou em casa, o peludo precisou ficar isolado por causa das pulgas e também por orientação da veterinária, pois como veio das ruas e não havia histórico, poderia ter alguma doença incubada. A adaptação com os outros dois foi relativamente tranquila, diz a mãe. “Eu não dei muita importância para comportamentos hostis, deixei que eles se entendessem sem me envolver muito, mas estava sempre alerta a qualquer imprevisto”.

O sortudo ganhou o nome de Jim Morrison para seguir a linhagem dos cães musicais de Maria Aparecida. Após dois meses, o peludo já fez vários exames e está em tratamento para controlar o sopro e tentando ganhar um pouco de peso. “Resgatar um cachorro das ruas em estado crítico, é enobrecedor, não importa se ele é novo ou velho. Penso que me tornei uma pessoa melhor e o Jim é extremamente grato, muito companheiro, dengoso e adorável”, completa.

Ela diz admirar o trabalho dos protetores de animais, mas ressalta que muito do sofrimento dos bichos poderia ser amenizado com mais campanhas de castração. “Muitas pessoas fazem isso. Você mesma, com seu esposo, já resgatou três. Existem os protetores de animais que não medem esforços e saem atrás de denúncias a respeito de maus tratos e abandono. Eu admiro muito esse trabalho, mas isso poderia ser amenizado e a vida desses protetores seria mais tranquila se não houvesse pessoas que maltratam e abandonam animais. Uma coisa muito importante são as campanhas de castração que deveriam ser mais efetivas. É preciso conscientizar a população que maus tratos e abandono são atitudes desumanas. Dizer que é crime põe medo nas pessoas, pois é associado com cadeia, polícia, leis. Isso, para mim, não dá resultado efetivo. Veterinários, centros de zoonoses, protetores, precisam se organizar para mudar esse quadro que ainda é bastante grave”, afirma.

Estou com você, Maria Aparecida, castração é a solução mais viável, e parabéns ao Ozzy, à Miucha e, especialmente, ao Jim. Cães de sorte, certamente.