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Cachorro sente saudade?

Na última semana, passei quase quatro dias longe dos meus filhos. Eu afirmo para vocês, adoro viajar, mas ficar longe deles e do meu marido, quando me ausento a trabalho, é muito difícil. Obviamente, sinto o que o português define muito bem como saudade. Mas será que os peludos também compartilham esse sentimento?

Claro, se usarmos como parâmetro a empolgação com que eles nos recebem, certamente, a conclusão é de que sim, eles sentem saudades. Mas sempre tive curiosidade de saber o que a ciência diz sobre isso.

De acordo com o Bernd Heinrich, da Universidade de Vermont, EUA, a espécie evoluiu para se tornar mais que uma subespécie de lobo. Emocionalmente ele está mais para um humano de quatro patas. Na alegria e na tristeza. Alguns se recusam a comer quando o dono vai viajar e voltam a aceitar o prato depois de ouvir a voz de seus pais humanos no telefone. Trata-se de uma forma primitiva de saudade.

É comum vermos casos em que a ausência do dono acaba desencadeando um problema de comportamento, que os treinadores de cães costumam classificar de ansiedade de separação. Sabe aqueles cãezinhos que mal o dono fecha a porta e eles já começam a latir? É um caso típico.

O site da Lord Cão explica que os cachorros são fortemente orientados para viver em grupo. Esse bichinhos tendem a demonstrar uma enorme frustração quando ficam sozinhos, com protestos que vão desde latidos até a destruição da casa.

Os especialistas recomendam que para tentar solucionar o problema, você deve acostumar o peludinho com o rádio ligado enquanto você estiver em casa, assim, quando você for se ausentar e deixar o rádio ligado, ele vai se sentir como se alguém ainda estivesse por perto. Deixe o seu cachorro por pequenos períodos de tempo sozinho. Quando for retirar o lixo, deixe o seu cão do lado de dentro com a porta fechada e observe. Se ele começar a latir diga junto a porta e com uma voz bem firme: não! Espere ele parar de protestar e entre em casa. Faça a maior festa se ele ficar quietinho.

Vá aumentando o tempo e o número de vezes em que você “sai” de casa, sempre repetindo não quando ele latir ou chorar e dando muito carinho quando ele estiver calado.

Leve-o para uma volta antes de você sair e deixe vários brinquedos interessantes para ele se distrair enquanto você está fora. Um bom truque é comprar um destes ossos que são ocos no meio e enchê-los com biscoitos de cachorros ou “bifinhos” próprios para cachorros, ou ainda ração enlatada. Ele vai ficar um bom tempo tentando “pescar” as guloseimas dentro do osso e terá menos tempo para ficar pensando na sua ausência.

A minha volta para casa – Ao verem o vídeo da minha volta para casa, vocês vão notar que eu chamei por eles. Em geral, posso afirmar quase 100% das vezes, não faço isso.

Bom, só explicando, eles ficaram na casa dos meus pais durante quase quatro dias. Como queria potencializar o efeito da minha volta, eu já entrei falando. Claro que, com isso, o pessoal ficou ainda mais, digamos, emocionado. Quando volto de um dia normal de trabalho, não faço isso. Normalmente, o Toddy e o Theo ficam bem empolgados, mas procuro não falar com eles.

Por que passeio com os meus três peludos separadamente

toddy_passeio

Muita gente se espanta quando conto que eu passeio com o Toddy, o Theo e a DJ separadamente. Dois motivos são preponderantes para isso, cada um tem seu ritmo próprio de passeio e acho mais seguro não andar com mais de um ao mesmo tempo.

A DJ, minha perdigueira, gosta de cheirar cada pedacinho da rua, mesmo que já tenha passado por ali um milhão de vezes. Mas, ao contrário do Toddy, não curte longas caminhadas. Para ele, no máximo, 20 minutos já está bom. Quando extrapolamos, ela já fica puxando a guia em direção ao prédio, que ela sabe muito bem onde fica. Além disso, as aproximações, tanto com humanos quanto com cachorros, são mais tensas. Nunca conseguimos detectar se vai ser uma festa ou um apavoro.

Já o Toddy é nosso pastor, como gosta de andar. Por ele, a gente percorre a distância de umas três estações de metrô diariamente. Claro que nem sempre é possível, por causa da correria do dia a dia, mas quando dá andamos bastante para gastar toda “energia que dá gosto”. O Toddão também gosta muito de se socializar. Para ele, fazer uma amizade nova é uma grande alegria, o que torna o passeio com ele muito prazeroso.

O Theo, por sua vez, nos dá muito trabalho na rua. Como já contei nesse post, ele tem muito medo de cachorros estranhos. Ele ainda não melhorou muito. Alterna boas caminhadas com passeios estressantes. Estamos tentando melhorar, mas não é fácil tratar um cachorro medroso.

A importância do passeio – O que muitos pais e mães não saibam ou, infelizmente, negligenciam é que passear regularmente é tão fundamental na rotina dos dogs quanto comida. Como explica um post da escola de treinamento Lord Cão, na natureza os cachorros precisavam caçar para sobreviver, e não era uma tarefa fácil, pois eles passavam mais de 10 horas por dia à procura de comida. Ou seja, sua estrutura física foi feita para longas caminhadas e passar horas farejando.

É durante os passeios que o peludo pode fazer os exercícios necessários para a manutenção da sua saúde, aliviam o estresse, e melhoram sua sociabilidade ao conhecer outros cães e humanos. De quebra, a caminhada ainda melhora a relação com o dono, pois nesse momento os peludos aceitam melhor o treinamento.

Veja onde comprar o ovo de Páscoa do peludo

Muitos pais e mães como eu gostam que os peludos participem de todos eventos, atividades e datas. Uma delas, bem tradicional, é a Páscoa. Fala se não é muito legal também dar um presente típico dessa época do ano para os dogs. Bem, eu curto.

Creio que muito de vocês já devem saber, mas, para quem não sabe, dar chocolate de humano para os cães é totalmente proibido. Esse produto contém uma substância chamada teobromina, que faz um grande estrago no sistema nervoso dos cachorros. Presente no cacau, a teobromina pode provocar crises alérgicas, aumento da pressão arterial, taquicardia, arritmia, tremores e convulsões. Dependendo do porte do animal, da quantidade de chocolate que ele ingerir e da sua sensibilidade ao alimento, ele pode até mesmo entrar em coma e morrer.

Bem, a indústria pensando nessa oportunidade de negócio, desenvolveu chocolate e ovos sem a teobromina. Nessa época do ano, é comum encontrar diversos desses produtos em pequenos pet shops e em grandes lojas, como a Cobasi e o Pet Center Marginal.
Mas para quem não tem tempo de ir a esses locais, ainda dá tempo de comprar pela internet. Abaixo, listo alguns produtos com preços e sites:

ovo_chocodogOvo de Páscoa Chocodog’s

Petlove – a partir de R$ 9,90

 

 

 

chocodog_tableteChocodog’s tablete

Pet Compre – R$ 4,70

 

 

 

chocossinho

Chocossinhos de Chocolate da Vipdog

Petlove – a partir de R$ 3,85 (pacote)
Pet Center Marginal – a partir de R$ 3,90 (pacote)
PetSmart – a partir de R$ 1,50 (1 unidade)

 

bombom crocanteBombom Crocante da Vipdog

Petlove – R$ 8,25 (5 unidades)
SmartPet – R$ 1,50 (1 unidade)

Vacinas, quais e quando

Carteira de vacinação do Theo. (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)
Carteira de vacinação do Theo. (Crédito: Angélica Pinheiro/Meu Filho Cão)

Ontem, o Theo foi tomar suas duas vacinas anuais: a V10 e a raiva, e, por coincidência, o jornal “Folha de S. Paulo”, publicou uma matéria que questionava a periodicidade da vacina contra raiva, que no Brasil tem de ser aplicada anualmente.

Ocorre que em alguns países, como nos EUA, os filhotes recebem doses em seus dois primeiros anos e depois o reforço é feito de três em três anos. Entrevistado, o assessor de saúde pública veterinária da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), argumenta que o reforço anual evita possíveis surtos da doença. Já o professor de veterinária da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) Rafael Modolo diz que, além de reforçar a importância da imunização junto aos tutores, a vacinação anual também protege animais com diferentes sistemas imunológicos.

Para mim, as opiniões dos dois especialistas são válidas e não há como ter campanhas mais espaçadas de imunização contra a raiva no Brasil. Ainda somos, infelizmente, um país que engatinha na área de posse responsável e também com a quantidade de cães abandonados que temos, não podemos correr o risco de ter um surto de uma doença já controlada.

Eu já havia lido sobre essa polêmica de “excesso de imunização” no livro “Cão de Família”. Diz a obra que em 2003 a American Animal Hospital Association (AAHA) publicou um guia de vacinação para cães, com quais são as essenciais, as opcionais e as não recomendadas. Ocorre que antes desse estudo, os veterinários trabalhavam com a ideia de que é melhor prevenir do que remediar. Mas após pesquisas, descobriu-se que o excesso pode causar problemas de saúde. Se você quiser, pode ver o guia aqui.

Eu, orientada pelos veterinários dos meus filhos, dou anualmente duas vacinas: a de raiva e a V10. Creio que esse esquema seja o mais comum entre os donos responsáveis. Quando a DJ ia para a creche, também aplicava a vacina contra a gripe. Sabem, né, a chance de pegar esse tipo de doença em um ambiente com muitos cães é maior. Mas depois que ela deixou de ir, parei de dar, e, ainda bem, ela nunca ficou gripada.

A V10, explica o blog do centro veterinário Pet Care, é uma vacina múltipla que tem 10 antígenos vacinais de 10 diferentes vírus e bactérias que causam as principais doenças em cães. Na verdade, essa vacina protege contra sete doenças: cinomose, parvovirose, coronavirose, adenovirose, parainfluenza, hepatite infecciosa canina e quatro tipos de leptospirose, totalizando 10 diferentes tipos de antígenos, por isso se chama V10.

Já a raiva é uma zoonoze perigosa, ou seja, uma doença que pode ser transmitida do animal para o humano e, se não tratada, leva à morte. A transmissão, como muitos sabem, ocorre por meio da saliva por mordidas, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões.

No município de São Paulo, a raiva está controlada, de acordo com a prefeitura, desde 1984. O proprietário pode aplicar a vacina anualmente nas campanhas que, em geral, ocorrem em agosto ou em postos fixos em qualquer época do ano. Veja onde ficam.

Esquema para os filhotes – Para os pequenos, o esquema de vacinação é mais intenso. Recomenda-se pelo menos três doses da V10 entre 45 dias e 16 semanas de vida. Depois, os reforços devem ser anuais. A vacina de raiva é aplicada aos três meses.

Ainda, para cachorrinhos que eram de canis, indica-se a vacina contra a giardíase e, para alguns casos, a contra gripe.

Para quem, como eu, resgatou um peludinho da rua é importante aplicar imediatamente a V10 e a raiva. Após 21 dias, é necessário um reforço da V10.

E, por fim, em algumas regiões do Brasil é importante imunizar contra a leishmaniose. Uma vacina desenvolvida pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a Leishmune, é referência e tem eficácia em mais 90% dos casos.

 

Vídeo: os presentes da BioDog para os meus filhos

Neste último domingo (6), aniversário do Theo, a BioDog mandou um presentão não só pra ele, mas também pra DJ e pro Toddy. Foi uma coincidência bacana, não sabia que eles mandariam uma caixa tão recheada de coisas gostosas.

Meu contato com essa empresa, começou quando eu mandei um e-mail para ele perguntando por que não conseguia mais encontrar o Beiju, osso preferido dos meus filhos. Eles responderam rapidamente esclarecendo que não conseguem mais encontrar a matéria-prima desse osso e tiveram de interromper a produção. Ainda revelaram que estão tentando desenvolver um produto para substituir o Beiju. Bom, pedi, então que eles me avisassem caso tivessem novidades, e aí veio essa surpresa bacana.

No vídeo, eu mostro os produtos. Mas como não levo ainda muito jeitinho com as câmeras, fiz uma galeria de fotos para mostrar melhor as guloseimas que os sortudinhos ganharam :-).