Ao criar o blog lá em 2013, minha intenção era compartilhar experiências com outros pais e mães de cachorros. De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje, além de mãe de cachorro, tenho também uma mini-humana, e foi sobre essa experiência que falei ao blog Mãe de Cachorro também é Mãe às vésperas do Dia das Mães.
Fiquei muito feliz e honrada com o convite da Ana Corina, idealizadora do Mãe de Cachorro, afinal o blog dela foi inspiração e é referência para mim quando o assunto é criação de cães com amor, responsabilidade e conhecimento.
Na entrevista, falei sobre as dificuldades e alegrias de criar cães e crianças juntos, sobre como nos preparamos para que a chegada da Maria Eduarda não gerasse um impacto negativo na vida dos cachorros e até contei passagens engraçadas na relação entre os três.
Olá, vamos tirar a poeira aqui do blog por um motivo super especial: sorteio de um calendário Celebridade Vira-Lata 2019. Para participar é super fácil, basta deixar nome e sobrenome no formulário abaixo, e-mail ou a arroba (@) do Instagram.
Vamos sortear o calendário no domingo (30/12). Então, vocês terão uma semana para se inscrever. Logo depois do sorteio, iremos entrar em contato com o vencedor pelo e-mail ou Instagram (pode deixar um ou outro). A ganhadora ou ganhador terá uma semana para nos responder com seu endereço, ok? Caso não responda, a gente realiza um novo sorteio.
Essa é a quinta vez que sorteamos calendários Celebridade Vira-Lata. Ficamos muito felizes em contribuir para que esse projeto continue beneficiando os animais. Em nove anos de existência, a renda do produto já castrou mais de 10 mil cães e gatos.
A edição 2019 está super especial, traz, por exemplo, a história Bob, cujo codinome é Vira-Lata Rei, porque adora mandar em tudo *rs* ou a do Seu Noronha, um tombinha que foi adotado já idoso e se estima que tenha 18 anos. Ou seja, só tem lindezas <3
Se você quiser comprar o calendário, basta acessar o site Celebridade Vira-Lata. Em algumas cidades como São Paulo, Rio e Brasília também dá para adquirir o produto em lojas físicas, veja a lista nesse link.
Super fácil, né? Então, se você puder ajudar e, de quebra, ainda ter um produto lindo na mesa ou na parede o ano inteiro, compre! Castração é um ato de amor, pois diminui a chance de diversas doenças nos bichinhos e ainda uma ação de cidadania, reduzindo a proliferação indiscriminada de bichos que nunca terão um lar e viverão famintos pelas ruas.
Meu cão pode comer banana? E laranja? E maçã? Dúvidas sobre quais frutas o cachorro pode comer são muito frequentes entre pais e mães de cachorros. Eu mesma já tive várias, e foi pesquisando que concluí, mesmo entre os veterinários, nutricionistas, zootecnistas há muita divergência sobre quais frutas os peludinhos podem comer ou não. Então, resolvi, fazer uma pesquisa e o resultado foi que montei um gráfico completinho (VEJA ABAIXO) com as frutas que são unanimidade, as que podem de acordo com algum critério e as que estão vetadas.
Por exemplo, a banana. Na minha cabeça, a banana seria sempre extremamente saudável para os cães. Pensa bem, qual é, em geral, a primeira fruta que a gente oferece para o bebê humano? Banana, né? Só que aí que mora o erro, o organismo do cachorro é diferente do humano. A banana, realmente, é uma ótima fonte de energia, além de ser rica em potássio e fibras, como explica Vivian Marcon, professora de medicina veterinária da Universidade Anhanguera. No entanto, trata-se de uma fruta calórica que deve ser evitada pelos pets que estão acima do peso.
A laranja também é motivo de polêmica. Muitos veterinários simplesmente vetam essa fruta da dieta canina. Mas há quem não seja tão radical assim. A Sylvia Angélico, uma autoridade quando se fala em alimentação natural no Brasil, postou um artigo interessante sobre o assunto no site Cachorro Verde. Ela explica que o pH do suco gástrico dos cachorros varia de 1.0 a 2.0, muito mais ácido do que o dos humanos que vai de 2.0 a 3.5. A única fruta que se aproxima do pH dos cães é o limão, 1.8. A laranja por sua vez tem pH 3.9. Ela conclui baseada nessa evidência:
Moral da história: cães saudáveis possuem um pH gástrico incrivelmente ácido que tira de letra a digestão de frutas ácidas.
A única ressalva que a Sylvia faz são aos pets que sofrem com gastrite ou possuem algum tipo de intolerância individual, esses sim devem ficar longe das frutas ácidas e, claro, ter uma dieta adequada às suas necessidades.
As frutas que são unanimidade e as que são proibidas
Bem, mas há frutas que aparecem em todas as listas de bons alimentos a serem oferecidos aos peludinhos. Uma delas é a maçã. Segundo um artigo do American Kennel Club, essa fruta é rica em vitaminas A e C e possui boa quantidade de fibra, sendo ótima para ser oferecida até para cães idosos. Só se lembre sempre de tirar a casca e as sementes.
Outra fruta queridinha é a pera, que pode ser um excelente petisco pois tem vitaminas C, K e também fibras.
Agora, duas frutas devem estar absolutamente vetadas da dieta do seu cachorro, uva e carambola. Ambas podem causar falência renal aguda, segundo o livro “Small Animal Toxicology”, citado pelo site Petful, e não podem ser dadas de maneira nenhuma para os cães. Nem um pedacinho, ok?
Ah, e antes do infográfico lá vai um alerta: não substitua toda a alimentação do seu peludo por frutas. Elas devem ser ofertadas em pouca quantidade e como petiscos. As frutas contêm uma substância chamada frutose, o açúcar da fruta, que em grande quantidade pode causar sérios riscos à saúde da sua filha ou filho. Além disso, sempre dê a fruta sem casca e sem semente. Combinado?
Infográfico lista as frutas boas, as nem tanto e as vetadas
O Luau poderia ter tido o fim da maioria dos cachorros abandonados. Definharia até morrer na rua ou, ao ser localizado pelo centro de zoonoses, seria eutanasiado porque tem leishmaniose. Mas um anjo estava no caminho dele e no dia 10 de outubro deste ano sua vida recomeçou ao ser resgatado de um asfalto escaldante em Santana de Parnaíba, cidade da Grande São Paulo.
Para quem não sabe, a leishmaniose é uma zoonose (doença que pode ser transmitida dos animais para humanos e vice-versa) e, se não for tratada, leva à morte tanto animais como humanos. Ocorre que o cão é um hospedeiro da doença, o Luau, como outros milhares de cachorros, foi picado pelo mosquito-palha infectado, que transmitiu a ele o protozoário Leishmania chagasi (entenda o ciclo da doença no infográfico abaixo).
Infelizmente, o protocolo do Ministério da Saúde ainda é eutanasiar os cães infectados sob o argumento de que o animal infectado representa risco à saúde pública por serem reservatórios do parasita. No entanto, desde o começo desse ano está ocorrendo uma reviravolta no tratamento da doença, que vem beneficiando os cachorros que foram picados pelo mosquito infectado.
Medicamento contra leishmaniose é aprovado
Hoje os animais com leishmaniose visceral canina (LVC) já podem ser tratados com Milteforan. O medicamento já era usado na Europa e permite eliminar os sintomas clínicos, devolvendo qualidade de vida ao cachorro, afirma a Arca Brasil, entidade que desde 1997 promove debates sobre formas alternativas de combate à doença.
Como o remédio é novo no país, tanto tutores como, pasmem, muitos médicos veterinários ainda desconhecem a sua existência. Mara Pallotta, o anjo que salvou o Luau, conta que ela mesma desconhecia o tratamento para LVC e entrou em desespero quando soube por meio de um exame com sorologia que o cachorro estava infectado.
“Eu comecei a chorar muito porque, pela minha ignorância, eu achava que o animal teria que ser eutanasiado mesmo”, afirma emocionada.
Ao buscar um veterinário que a ajudasse nessa eutanásia, Mara chegou ao Dr Marcio Moreira, mestre em Ciências da Saúde pela USP e responsável pelo setor de patologia clínica do hospital veterinário da Anhembi Morumbi, que mostrou quais eram os exames necessários para diagnosticar com certeza de que se tratava de leishmaniose visceral e o tratamento possível.
Eu encontrei o cão, era responsabilidade minha
Segundo o médico veterinário, o tratamento contra LVC apesar de apresentar bons resultados, 92% têm remissão dos sintomas, é caro, longo e causa efeitos colaterais no animal. Ele deixou Mara à vontade sobre qual decisão tomar, mas enfatizou que não faria a eutanásia por saber que a doença pode ser controlada.
Outro ponto importante é que, optando pelo tratamento, a doação do animal é algo de extremo critério, pois ele será monitorado pelo resto da vida. Isso ocorre porque ao comprar o Milteforan, o tutor é registrado pelo governo como responsável pelo animal.
“Uma coisa é você fazer pro seu cão, outra coisa é fazer para um cão que você achou na rua. Enquanto conversava com ele, fui pensando, mas não tinha mais volta, eu achei o cão, era responsabilidade minha”, afirma.
A partir dessa decisão, o Luau começou a ser tratado com um verdadeiro coquetel de medicamentos que, além do Milteforan, inclui corticóides, antibióticos e suplementos alimentares. Ele é medicado duas vezes ao dia, mas como são muitos medicamentos, normalmente, Mara espera uns 20 minutos entre um medicamento e outro – como são 5 remédios, o processo todo requer uma dedicação.”
“Ele tem muitas ‘bads’ durante o tratamento. Um dos efeitos colaterais da medicação é dor nas articulações. Então, há dias que ele mal consegue levantar e andar, chora o dia o todo. Isso corta o coração, mas os animais são muito resilientes e no dia seguinte ele já está correndo feliz”, diz Mara.
O tratamento tem 90 dias e inclui oito vacinas Leish-Tec, a única validada no país contra a doença. Ao final dos três meses, também é preciso repetir os exames que diagnosticam a doença. A expectativa é que haja uma redução do número de parasitas e consequente bloqueio da transmissão da doença, garantindo assim segurança para a saúde pública.
O melhor caminho é a prevenção
Além dos medicamentos, o Luau passou a usar a Seresto, uma coleira antiparasitária. Eu também coloquei a mesma coleira nos pescoços do Theo e do Toddy quando nos mudamos para Brasília, pois onde moramos há alta incidência de mosquitos.
Há outras coleiras no mercado como a Scalibor e produtos a base de permetrina e deltametrina que também são eficazes para repelir os mosquitos.
Outras medidas preventivas que devem ser tomadas são:
Limpeza do quintal com retirada de matéria orgânica (folhas, troncos, restos de vegetação)
Se o cachorro dormir fora de casa, limpeza do canil
Caso ele durma dentro de casa, coloque-o para dentro a partir das 17h
Uso de telas de malha fina nas janelas e portas
No Instagran do Luau (@chupaleish) você pode acompanhar como ele está reagindo ao tratamento e também conferir o dia a dia dele com os pais e irmãos caninos. Ele tem três! Mara diz que a ideia de criar o perfil partiu do desejo de mostrar às pessoas que a leishmaniose tem tratamento e que o cachorro não é o vilão (como bem diz a campanha da Arca Brasil). Ela finaliza com uma bonita mensagem que nos faz refletir.
“Enquanto houver um sopro de vida vale a pena apostar”
Atenção, imagens fortes: fotos mostram as péssimas condições em que Luau foi resgatado
Quem acompanha o MFC sabe que os meus filhos cães ganharam uma irmãmana (irmã + humana) faz nove meses. Por esse motivo, tive de fazer algumas adaptações na rotina deles para o nascimento do bebê. Afinal para a harmonia de uma família com crianças e cachorros é fundamental que se criem regras.
A principal delas, na minha opinião, é que os “bichinhos” das diferentes espécies têm de entender quando podem ter acesso aos humanos adultos. Por exemplo, se você decide que vai trocar o bebê na cama de casal e não quer, ao menos no início, que o cachorro não pule na cama ou em você e atrapalhe esse momento, então ,terá de ensiná-lo que nessa hora ele terá de ficar fora do quarto, comportado. Acredite em mim, não basta fechar a porta, se o peludo tem o hábito de arranhar a porta ou latir, isso vai te perturbar também, especialmente se você for mommy de primeira viagem.
Treino contra ansiedade de separação
Como os caras sempre tiveram livre acesso aos quartos, não raro ficavam comigo quando estava na cama assistindo TV ou mesmo trabalhando. Então, tive de fazê-los entender que as coisas iriam mudar. O que deu certo para mim foi aplicar alguns exercícios para cães que sofrem de ansiedade de separação. Sabem aqueles doguinhos que latem, choram e arranham a porta quando a (o) dona (o) sai? Eles sofrem desse mal chamado de ansiedade de separação e precisam compreender que ficar longe do pai ou da mãe não é o fim do mundo.
Primeira medida, deixá-los poucos minutos (no máximo cinco) na sala com algum tipo de brinquedo legal. Usei bastante ossinhos. A ideia aqui, conforme aprendi no livro “Cão de Família”, da Alida Gerger e do Alexandre Rossi, era valorizar o tempo que eles ficavam sozinhos com alguma atividade bem legal. Fui aumentando o período aos poucos e abrindo a porta enquanto eles não estavam protestando.
Quando eles já estavam craques em ficar sozinhos com algum brinquedo legal, comecei a ficar no quarto e deixá-los sozinhos na sala sem nenhuma atividade proposta. O que notei foi que quando eles estavam cansados, após um passeio, por exemplo, não rolavam protestos. Mas era eu experimentar fechar a porta num momento em que estavam relaxados que lá vinham arranhões na porta, especialmente do seu Theo, que é mais apegado.
Arranhões na porta, como resolver
Aí amigues haja saquinho para tirar esse mau comportamento. Inicialmente, tentei na base da bronca. Huum, que erro. Quanto mais eu mandava parar, mais ele arranhava a porta. A minha impressão é que de tanto arranhar, abriria-se um buraco. Também fiquei imaginando a seguinte situação: eu tentando ninar a bebê e tendo que dar broncas no Theo para que ele parasse de fazer barulho. Não daria certo, né?
Foi então que eu recorri aos livros para achar uma solução e encontrei no “Manual do Cachorro”, da Cláudia Pizzolatto. E, confesso a vocês não foi fácil, ele só melhorou quando comecei a ignorar os arranhões. Basicamente, deixei de gritar de dentro do quarto e também parei de abrir a porta para dar bronca. Quando ele parava por uns dois minutos, eu liberava a entrada. Ou seja, ele acabou percebendo que não adiantava arranhar a porta, protestar, que ele não entraria daquela maneira.
Basicamente, essas duas medidas foram suficientes para eu não ter problemas de barulho tivesse de ficar sozinha com a bebê no quarto. Lógico que tem de rolar um bom senso. Não dá pra achar que o cachorro conseguirá ficar um dia inteiro sozinho num cômodo sabendo que você está em casa. Portanto, quando não eram momentos cruciais, soneca, troca de fraldas, eu liberava o acesso deles. Cansei de amamentar com os dois no quarto. Foi demais! Eles se sentiam parte daquele momento e ficavam quietinhos.
Esse foi só um dos primeiros posts sobre o assunto cachorros e bebês. Ainda tenho um montão de coisa para falar. Espero que gostem. E se você estiver esperando um neném ou já passou por essa experiência, compartilhe conosco. Vou adorar saber.