O Ozzy

Ozzy no parque, um dia feliz

A mommy sempre foi louca para ter um cachorrinho, mesmo com a resistência do vovô, que dizia que não gostava de cachorro (arrã). Um dia passeando com a irmã dela num shopping em SP viu uma família bem fofinha de cockers para vender. Logo de cara, ficaram apaixonadas por uma, era tão bonitinha e quietinha, mas elas não queriam fêmea, e a vendedora indicou um macho super bonitinho, eu, que estava roendo o colchão. Elas ficaram um pouco receosas com o meu comportamento, mas a moça disse que aquilo era coisa de filhote. O que esse pessoal não diz pra vender um cachorrinho, né, gente?

Logo após a compra, veio o primeiro perrengue comigo, como chegar até em casa? Táxis e ônibus rejeitavam a minha presença, então, a minha outra mommy, a Roberta, teve de ligar para o namorado dela na época para nos buscar. Chegando em casa, o vovô ficou super bravo, não queria cachorro. A vovó achou a situação engraçada e não se opôs. Bem, fui instalado no banheiro de empregada na primeira noite. Não curti, gente, e chorei muito. A mommy Angélica foi, então, até lá para passar a noite comigo. A mommy Roberta já pensava até em me devolver, mas a mommy Angélica foi firme, de lá, eu não sairia mais.

Bem, do banheiro de empregada, passei para a área de serviço, da área de serviço para a cozinha, depois para a sala e acabei mesmo me instalando onde? No quarto do vovô. Sim, ele virou o meu grande amigo. A gente passou a se amar muito.

Quando eu era jovem tinha ataques de muita braveza quando pegava coisas erradas. Virava um monstrão mesmo, mas agora na “melhor idade”, estou sossegado. Sempre adorei um Biscrock e passear aos domingos no meu shopping, a Cobasi.

Nos últimos anos, ganhei três meio-irmãos – a DJ, o Toddy e o Theo – todos passaram uma temporada comigo. Aceitei todos, sou muito gente boa, mesmo quando a DJ rouba um ossinho meu ou o Theo lambe as minhas patas. Ter irmão é a melhor coisa da vida, como já diz a mommy Angélica.