
Quando se fala em sarna canina, logo vem à cabeça aquela doença, causada por um parasita, que provoca uma grande coceira nos cachorros. Apesar de transmissível para os seres humanos, essa sarna tem fácil tratamento. Mas há outro tipo da doença, a sarna negra, menos comum, mas que exige um esforço maior dos donos para que seja controlada.
Conhecida também como sarna demodécica, a doença é provocada por uma superpopulação de um ácaro chamado Demodex canis, e pode se manifestar, segundo artigo da Revista Veterinária, por um distúrbio genético, herança vinda do pai ou da mãe, ou imunológico, queda na resistência do organismo.
Os principais sintomas da doença são perda de pelo ao redor das pálpebras, lábios e cantos da boca. Pode, em alguns casos, também haver perda de pelo no tronco, nas pernas e nas patas. Há também incidência de pele fica vermelha, com escamas e infecções.
A principal forma de diagnóstico da doença é com a raspagem profunda da pele. Para que seja confirmada, é necessário encontrar um número elevado de ácaros adultos ou formas imaturas.
O tratamento, explicou o médico veterinário Ronaldo Lucas, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária, à revista Cães & Cia, é feito com medicamentos à base de ivermectina (e cães das raças Collie, Border Collie, Old English Sheepdog, Afghan Hound, Pastor de Shetland e Pastor Australiano podem morrer se receberem esta substância) e moxidectina, ou feito com banhos com diamidina.
Pode demorar seis meses para os sintomas desaparecerem. A doença, ressalta o médico, fica controlada, mas não há cura. Se houver queda de imunidade, a sarna negra pode voltar a se manifestar.
O caso do Severino – Um dos meus sobrinhos cães, o Severino, sofre com a sarna negra. A doença foi descoberta após quatro meses da adoção. “Desde que o adotamos sabíamos que ele não tinha muita saúde, pois, estava bem fraquinho”, explica minha sobrinha humana Marina Dantas.
O fofíssimo daushund, que hoje tem seis anos, chegou à família quando tinha três meses. E relata minha sobrinha humana “já estava muito judiado pela doença, sem pelos e bem feio”.
Marina conta que inicialmente o veterinário prescreveu alguns medicamentos que não fizeram efeito, e o tratamento eficaz só começou quando ele tinha cerca de um ano.
Hoje Sev, apelido carinhoso do peludinho, toma Ivermectina, usa Advocate e toma banho com Clorexiderm.
A doença, afirma minha sobrinha humana, em nada atrapalha a vida do Sev. “Ele só não gosta muito de tomar os remédios, banhos e ir à veterinária regularmente, como qualquer outro cão”, diz Marina. E porque também digamos tem uma personalidade forte, né, Marina? *rs*.
