Vídeo: Veja como ensinar a dar a pata

Lá no comecinho do blog, eu mostrei como ensinar os peludinhos a sentar e falei sobre os benefícios dos comandos de adestramento. O “senta” é um dos comandos mais básicos e há alguns outros que você pode ensinar para o seu cachorrinho sem a necessidade de contratar um adestrador. Um deles é o “dá a pata”, que além de ser muito útil como um comando de obediência, é bem lindinho, né?

Para começar, você precisa pedir o senta e se ajoelhar na frente dele com petiscos na mão fechada. Posicione o braço dobrado na altura do peito dele. Alguns, sentindo o cheirinho, vão começar com a boca, tentando morder ou lamber a mão. Outros já começam com a pata. O importante é que assim que ele bata a pata, você entregue o petisco. Depois de algum treininho, ele já vai entender que quando bate a pata na sua mão ganha um petisco.

O próximo passo é fazer o movimento sem o petisco na mão. Então, você se ajoelha, posiciona o braço e a mão fechada sem petisco, quando ele bater a pata, você entrega o petisco com a mão esquerda. Quando ele estiver craque com uma das pata, você treina a outra.

Abaixo, eu fiz um videozinho. Não reparem na minha timidez e amadorismo, quis passar a mensagem. Espero que vocês aproveitem ;-).

 

 

Comprei um quebra-cabeça

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Uma das coisas mais importantes que aprendi lendo sobre cachorros é que os brinquedos são fundamentais para a qualidade de vida dos peludinhos. Então, sempre estou à procura de novidades, sempre compro umas coisinhas novas e também pesquiso sobre como fazer objetos com material reciclado. E um brinquedo que tinha muita vontade de adquirir, mas adiava por causa do preço, é o quebra-cabeça para cachorros, que promete divertir e desafiar bastante a inteligência dos dogs.

Bem, agora no Natal, eu finalmente consegui comprar. Escolhi o Dog Tornado, que usa o princípio da recompensa como prêmio pela inteligência. E, gente, posso dizer, é muito legal. Testei primeiro com a DJ, que dos quatro é a que se mostra mais esperta para solucionar desafios. A bichinha adorou. Enchi os compartimentos três vezes e ela não queria parar de brincar.

Funciona assim: são 12 compartimentos onde você pode colocar comida – petiscos, ração ou algum alimento que o cachorro possa comer. Ele é dividido em três discos em formato de osso que rodam de forma independente. O peludo tem que descobrir como girar o disco para liberar a comida, sem que um disco atrapalhe o outro. Claro que no início vale dar uma ajudinha para ele entender como funciona, mas eles aprendem bem rápido. Aí quando o cachorrinho estiver bem espertão, você pode usar tampas que vêm junto com o quebra-cabeça para tornar a brincadeira ainda mais legal.

Abaixo, vocês podem ver um videozinho do primeiro contato da DJ com o Tornado e também um vídeo do fabricante.

Aah, eu comprei o brinquedo na Bitcão e paguei R$ 165.

 

 

 

Guia longa, a solução para mais liberdade nos passeios

guiaJá falei aqui no blog que sou contra andar com os cachorros sem guia. Mesmo que sejam adestrados, acho que eles podem se assustar ao ouvir um barulho forte, como fogos, ou serem atraídos por outro bicho. Porém, sempre fiquei com dó dos meus porque eles não tinham muita liberdade para interagir com outros cachorros, especialmente, quando estão em um pequeno parque perto de casa. Então, fui em busca de uma solução e a que encontrei foi usar uma guia longa.

O legal da guia longa, as minhas têm 10 metros, é que você pode deixar seu peludinho brincando mais livremente com segurança. Claro, numa praça pequena você tem de tomar cuidado para que ele não consiga chegar até a rua, mas em parques, o uso dela é totalmente seguro.

Você também pode usar o acessório para treinar o comando “vem”. Para ensiná-lo, literalmente, dê bastante corda para ele, ou seja, deixe a guia bem livre, mas presa à coleira e à sua mão. Quando ele estiver distraído, diga bem alto “vem” e o nome do cãozinho. Se ele vier, faça bastante festa e dê uma recompensa, como um petisco. Se você estiver com dificuldade apenas com o uso da palavra “vem”, pode, ao mesmo tempo que falar, bater duas vezes vigorosamente nas coxas para empolgá-lo a voltar.

Só um cuidadinho, não associe a palavra “vem” com situações ruins. Por exemplo, o peludinho está super à vontade na cama e você fala “vem” para tirá-lo. Ele nunca virá se você chamá-lo num parque com um monte de coisas legais. Se já usa o “vem” nessas situações, pode, então, falar a palavra “aqui”.

O passo seguinte será mostrar até onde ele pode ir. Para isso, quando ele se afastar mais do que deveria pise na guia. Ocorrerá um tranco, em seguida, faça o comando “vem”.

Se seu filho cão for do tipo que pega a bolinha, mas em vez de trazer de volta, sai correndo em outra direção, use a guia para puxá-lo aos poucos até você. Se ele soltar a bola no meio do caminho, não importa, continue a brincadeira, faça muita festa cada vez que ele se aproximar.

Onde comprar – Eu comprei as minhas guias com um vendedor do Mercado Livre chamado Líder da Matilha. Paguei R$ 45 por cada uma e R$ 15 de frete. Gostei, chegou rapidinho. E existem outros vendedores na internet, é só procurar por “guia longa”.

E, por fim, só um alerta. Certa vez, eu esfolei meus dedos quando o Theo deu um puxão na guia longa. Isso ocorreu, acredito, porque minha pele é muito fina. Então, hoje uso luvas de ginástica quando estou os levando com esse acessório. Mas se você não tiver as luvas, pode também proteger os dedos com esparadrapo.

Kong, um brinquedo que todo cachorro deveria ter

foto (5)Acho que vocês já perceberam que adoro variar os brinquedos que dou para os meus filhos cães. É que, além de já ter lido muito sobre os benefícios das brincadeiras para os cães, sempre penso que chato deve ser para eles ficar sem fazer nada. Afinal, eles não acessam o Face, não veem TV, não leem…

Bem, já ensinei a montar alguns brinquedinhos com material reciclado garrafa, caixa, rolos, mas até hoje não havia comprado um brinquedo que é extremamente recomendado pelos adestradores, o Kong. Trata-se de um brinquedo de borracha resistente, com interior oco onde podem ser colocados petiscos, ração ou material impregnado do odor que o cão deve identificar durante a sua busca.

kong_recheioO legal do Kong é que ele não é apenas um brinquedo, você pode usá-lo para dar parte do alimento diário para o seu filho. Nessa primeira vez, vou utilizar a receita dessa foto ao lado, que peguei no site da Bitcão. Aliás, comprei o brinquedo lá, mas já vi também em lojas como a Cobasi. Vamos lá:

1) Para preencher o buraquinho, eu coloquei um bifinho de carne.

2) 1/3 do kong, recheei com uma mistura de bifinhos e biscoitos picados

3) Em seguida, preenchi o restante (2/3) com uma mistura de patê e ração seca

4) E, por fim, coloquei um dois biscoitões para fechar o buraco maior e chamar a atenção deles. Como se precisasse *rs*.

 

Passo a passo de como recheei o Kong
Passo a passo de como recheei o Kong

Eu piorei o comportamento do meu filho com broncas

 

Sabe quando com a melhor das intenções você erra terrivelmente? Pois é, aconteceu na minha relação com o Theo. Desde que eu o adotei, há quase um ano, percebi que ele tinha um certo medo de cachorros estranhos. Nos primeiros dias, era só um chorinho quando passava perto de outros cães, depois ele começou a dar altos pulos.

Entendi, então, que se tratava de um comportamento ruim, uma espécie de agressividade, e comecei a dar broncas nele com uma lata com pregos e depois com bombinhas de São João. A princípio, achei que o comportamento havia melhorado. Ia diariamente à casa dos meus pais para passear com ele e quando, raramente, via algum cachorro na rua apenas chorava.

Porém, para minha surpresa, o comportamento dele piorou quando o levei para minha casa. De uns quatro meses para cá, são pulos, latidos e rosnados ao ver qualquer cão na rua, mesmo o mais minúsculo (veja no vídeo acima).

Após pensar bastante sobre o assunto, concluí que essa reação enlouquecida dele foi piorada após eu trocar de bronca. Avaliei que as bombinhas não faziam mais “efeito” e resolvi comprar o Pet Corrector, um spray de ar comprimido que produz um som similar ao emitido por cobras e que, teoricamente, pararia o mau comportamento. O problema é que ele não interrompeu os rosnados e pulos, e pior agravou.

O que acontece é que eu entendi errado o comportamento do Theo. Não trata-se exatamente de agressividade, mas de medo. Cheguei a essa conclusão ao aproximá-lo de cachorros amistosos. Ele sabe a etiqueta de aproximação e não demonstra agressividade. Porém, quando o cão desconhecido está longe, por menor que seja, ele fica enlouquecido.

Bem, para me ajudar a tratar esse comportamento chamei uma adestradora da Cão Cidadão, a Luciana Prado. Há cerca de um mês, ele vem passando por um adestramento intensivo baseado apenas em reforço positivo. Um método de adestramento que usa apenas associações positivas – comida, ossos, brinquedos – para tratar os animais.

No caso do Theo, a gente vem usando comida. Temos testado várias guloseimas (salsicha, queijo, petiscos diferentes). Para chamar a atenção dele, uso o clicker e, se possível, peço algum comando, em geral, o senta e entrego a comida. Se ele já está transtornado e não obedece ao comando, tento, ao menos, fazer com que ele coma. A ideia é que ele preste mais atenção em mim e ligue a presença do outro cachorro a coisas boas, no caso a comida.

Por enquanto, ele vem oscilando. Há dias em que faz um bom passeio, sem muito “showzinho”, como costumamos dizer, mas em outros ainda dá muito escândalo. Espero que daqui a alguns meses – o tratamento de medo demora – venha aqui contar que o Theo superou esse problema.

E deixo aqui um alerta, nem sempre nós, os pais, interpretamos corretamente os sinais que os nossos filhos cães nos dão. Por mais que a gente leia e se informe, há certos problemas que só podem ser corrigidos por um adestrador.